Nuno Lopes Recusa encontrar-se com pessoa que o acusou de violação
Nuno Lopes recusou encontrar-se com guionista, Anna Martemucci – conhecida por A.M. Lukas e que se identifica como pessoa não-binária -, que o acusou, em novembro do ano passado, de violação. Além disso, pediu às entidades judiciais de Nova Iorque para ir a tribunal e o julgamento poderá mesmo acontecer.
Segundo apurou o Observador, o ator rejeitou o pedido de conferência com a alegada vítima e advogados no início deste mês. Martemucci também avançou com um requirimento, quando fez a denúncia, e o mesmo já não pode ser revertido. No processo estão 192 potenciais testemunhas. No entanto, a que o acusado destacou vive longe do país, na Noruega.
Nuno Lopes pode ter “interesse em prosseguir com esse modelo, já que nos Estados Unidos a decisão do tribunal de júri num processo cível não tem de ser unânime. Uma vez que tem de ser a autora da queixa a provar o alegado crime – fica com o ónus da prova -, basta que dois dos seis jurados decidam pela defesa de Nuno Lopes para que o ator seja absolvido”, referiu uma especialista à publicação.
O caso encontra-se com um atraso de mais de meio ano, devido ao tribunal não conseguir notificar o ator português. Na primeira vez, a morada não foi identificada. Na segunda tentativa, ocorreu um erro e o artista foi indicado como cidadão brasileiro.
De acordo com Anna Martemucci, a violação aconteceu em 2006, no Festival de Cinema de Tribeca, que se realizou em Portugal nesse ano. Os dois conheceram-se durante a transmissão do filme ‘To the End of the Night’, de Eric Eason. A vítima confessou ter consumido álcool e “sentir o corpo estranhamente pesado e a cabeça a flutuar” e, segundo alega, terminou a noite na casa de Nuno Lopes.
Apesar de não se recordar detalhadamente do que se passou, pensou ter sofrido de assédio sexual e dirigiu-se a um hospital perto para realizar testes, que confirmaram que houve, de facto, um envolvimento sexual. Mas o ex-rosto da RTP afirma que houve consentimento. A adicionar, negou ter colocado substâncias ilícitas na bebida de Martemucci.
Ambos advogados desmentiram que a pessoa acusante pediu dinheiro para abafar a denúncia. Além disso, a partir do momento que A.M. Lukas recebeu os resultados dos exames médicos, teria que dar origem a uma investigação do Ministério Público, porém nada comprove que a mesma tenha ocorrido. Também não há registos da vítima ter recorrido a ajuda psicológica.
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Texto: Luís Sigorro; Fotos: Impala
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