Maria Lisboa Filho morreu sem apoio da cantora: “Por ele ser…”

Eva Mendes explica relação conturbada de Maria Lisboa com o jovem Pedro.

Eva Mendes concedeu uma entrevista ao Manhã CM sobre a irmã, Maria Lisboa, com quem não mantém contacto desde os 15 anos. Recorde-se que a cantora portuguesa foi condenada a três anos e meio de pena suspensa pelo crime de furto qualificado. A queixa foi feita por Cristina Paiva, que acusou a ex-agenciada de perseguição, agressão e atos de vandalismo.

“Eu, diretamente com ela, nunca tive problemas, a gente via era as situações, as reações, o mau feitio, a personalidade forte, a maneira como ela lidava com a gente, não era dizer que era mais que nós, mas havia ali aquela coisa. Não digo vergonha, mas ela era a artista e nós éramos as irmãs. Ela tinha assim um bocado a mania, que ainda hoje tem, de olhar de lado um bocadinho para a gente“, explicou.

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Cantora era homofóbica? Irmã explica!

Maria Lisboa mantinha uma relação conturbada com o filho, Pedro. Segundo a irmã, a cantora nunca aceitou a homossexualidade do jovem.

“Como era fadista, trabalhava de noite, precisava de dormir de dia, o meu sobrinho foi criado com uma ama, no Porto. [Relação] negligente não vi, mas a forma como ela tratava, a maneira como se exprimia sobre o filho, não era agradável aos nossos olhos“, revelou. “Quem não fizesse a vontade dela, a coisa não corria bem. Chegava a dizer às irmãs que elas não eram normais”, acrescentou.

Eva Mendes aproveitou o momento para desmentir algumas publicações que leu sobre Pedro.

“Ainda ontem vi nas redes sociais que ele suicidou-se porque a mãe não aceitava por ele ser gay. É mentira! O meu sobrinho telefonou-me a uma sexta-feira ou sábado e ele ia passar a Páscoa com a gente e disse: ‘Tiazinha, não vou poder estar aí na Páscoa porque eu, segunda-feira, tenho uma entrevista de trabalho’. O meu sobrinho estava desempregado, vivia do fundo de desemprego, penso eu, estava a passar dificuldades e não pedia ajuda à mãe, não queria, não sei se era por orgulho. E acredito que ela ajudasse muitas vezes, mas naquele momento ele preferia estar no canto dele. Entretanto, ele telefona-me a dizer que vai ao centro de emprego. E eu disse: ‘Está bem filho, a gente depois vê’. E na segunda-feira, telefonaram a dizer que ele tinha falecido. Porque ele foi apanhar o comboio e que tinha fones no ouvido, não ouviu o comboio e foi cuspido“, esclareceu.

Família de luto

Quando Pedro morreu, Maria Lisboa “disse nas notícias e na televisão que não tinha família”. “Mas quando o meu sobrinho morreu, nós estávamos lá. A família, a mãe, o pai, as irmãs. E quando foi o funeral do meu sobrinho, aí apercebi-me de muita coisa e que, realmente, uma mãe que perde um filho supostamente não telefona para as rádios, para as televisões, estamos em luto, estamos em dor“, ressaltou Eva.

“Até à morte dele, ela nunca falou dele, da família, nem do pai, nem da mãe. Ela pode ter as razões dela, deve ter, porque o que ela passou na infância todas nós passámos. Mas ela fazia questão de não falar do filho, fazia questão de não falar da família. Só depois da morte do filho, começaram a saber que havia um filho“, fez ainda saber.

Texto: Luís Sigorro; Fotos: Impala

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