Maria Botelho Moniz recordou a fase em que foi vítima de stalking. Um programa recente do “Dois às 10” foi dedicado a este tema e ao cyberbullying e a apresentadora voltou a falar sobre o terror que viveu às mãos de um perseguidor. “Tudo começou nas redes sociais. As coisas que eram ditas foram escalando, começaram por ser que não gostavam de mim, depois começou por ser sobre a minha aparência física… Dizia que eu era gorda, que eu era nojenta, que eu era feia, que não merecia estar no lugar onde estava”, começou por dizer, explicando que as ameaças se tornaram cada vez mais pessoais: “Já eram ameaças físicas”.

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Maria Botelho Moniz contou ainda que o stalker descobriu quem era a sua mãe. “Começou a ameaçar também a minha mãe. Dizia que estava à minha espera, à porta do meu trabalho, que sabia perfeitamente onde é que eu estava e eu comecei a ter de ser acompanhada, depois do trabalho até ao carro”, disse, continuando: “Tudo culmina quando essa pessoa descobre o meu número de telefone. O meu telefone não parou de tocar. Nunca ninguém falava do outro lado, mas era uma presença constante e ter essa presença sempre por perto é uma coisa que causa muito medo e muita ansiedade”. A queixa na polícia foi o passo seguinte, afirmou ainda Maria Botelho Moniz. Porém, o desfecho não foi o esperado. “Nada aconteceu”, lamentou.

Maria Botelho Moniz não é caso único

Maria Botelho Moniz relatou a sua experiência, mas a verdade é que milhares de pessoas sofrem do mesmo problema. Só em 2021, as autoridades receberam mais de 300 denúncias de devassa da vida privada por intermédio de meios informáticos. O cyberbullying (bullying online) e o stalking (perseguição que pode constituir um tipo de violência psicológica através da difusão de boatos entre outras) são alguns dos crimes mais denunciados.

Texto: Patrícia Correia Branco; Fotos: Reprodução redes sociais

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