Maria Botelho Moniz Desabafa: “Amamentar tornou-se um pesadelo”

Maria Botelho Moniz foi mãe de Vicente há três meses e está a viver esta experiência muito intensamente. Em março, volta ao Dois às 10, e explica como está a preparar tudo para um regresso ao trabalho sem preocupações.

Maria Botelho Moniz está a viver um dos maiores sonhos da sua vida desde que foi mãe, há cerca de três meses. Afastada da televisão desde então, e a viver cada dia como um novo desafio, a apresentadora esteve em direto no Instagram com Cláudia Xavier, enfermeira especialista em saúde infantil, e revelou que, apesar de toda a felicidade que esta fase lhe trouxe e ao namorado, Pedro Bianchi Prata, o primeiro mês foi um verdadeiro “pesadelo”. “O primeiro mês é tudo de bom e o ‘o que é que nós fizemos à nossa vida? E porque é que isto era um sonho?’ Porque é um pesadelo!”, confessou a comunicadora, entre risos. “É mesmo muito difícil. Para mim, era uma montanha-russa de hormonas, e tinha consciência de que as coisas que pensava e fazia eram essas hormonas, mas não conseguia controlar”, continuou.

Todas as alterações físicas faziam com que a comunicadora ficasse frequentemente em estado de alerta. “Não é só o não dormir, é questionares tudo, achares que sabias, mas não tens a menor ideia. Não tens resposta para um choro que acontece do nada, por exemplo. Chega a ser desesperante. Tens de aceitar que não sabes tudo e que está tudo bem. Não tens de sentir culpa por isso”, declarou.

“O Vicente não ficou logo comigo”

Questionada pelos fãs sobre o vínculo que sentiu com Vicente, quando este nasceu, Maria Botelho Moniz garantiu que foi “muito estranho”. “O Vicente não ficou logo comigo, só veio para ao pé de mim três horas depois de nascer. Foi a minha primeira dificuldade, encaixar que aquele era o bebé que estava dentro de mim. Não o conhecia, mas depois peguei nele, encostei-o a mim e ele conheceu-me… a reação de aninhar, de ficar mais calmo”, explicou.

Para esta fase de pós-parto, Maria contou com ajuda especializada, como já tinha sido acordado mesmo antes de o bebé nascer. “Quando estamos no pós-parto, as hormonas não nos deixam ser racionais. O stresse e o sentimento de culpa iam tomar conta de mim, e não sei se teria coragem de pedir ajuda, mas acho que toda a gente precisa de ter alguém de fora”, disse. Já as pessoas próximas, embora com as melhores intenções, podem não ser as mais indicadas, defende a apresentadora: “As pessoas que estão dentro do círculo tiveram as suas experiências e querem partilhar. Acham que aquilo que fizeram com os seus bebés é o que funciona, e tu recebes mil e um conselhos de pessoas diferentes e que às vezes não se adequam a ti.”

Quanto à experiência de ter um primeiro filho, a comunicadora revela que ainda lhe “está a cair a ficha”. “Estamos em piloto automático. Às vezes, eu e o Pedro olhamos um para o outro e dizemos ‘temos um bebé’. Entras no dia-a-dia em modo de sobrevivência, e focas-te em manter este ser alimentado, limpo, entretido, estimulado, a dormir. Estás sempre nesta roda-viva, mas é uma sensação incrível e de medo. É muita responsabilidade… Esta pessoa depende de ti, todas as decisões que tomares vão afetá-la, e vais ser o primeiro exemplo para ele, e isso é de um peso gigantesco”, disse.

Para isso, o apoio do companheiro e pai do filho tem sido fundamental: “Teres alguém para quem olhar, respirar, desabafar e poderes desabar um bocadinho é essencial, e nisso o Pedro foi um herói. Os pais, se souberem o que dizer no momento certo, são heróis.”

“Estava a ficar muito massacrada fisicamente”

Uma pergunta que muitos dos fãs tinham era se a apresentadora amamentava o bebé ou se recorria a leite artificial, e Maria Botelho Moniz explicou que usa leite materno, mas no biberão: “Entendo perfeitamente o vínculo que a amamentação traz, mas às vezes sabe bem o pai poder também alimentar o bebé. Estava a ficar muito massacrada fisicamente, era muito complicado e doloroso. 90% das vezes, sou eu que dou o biberão, mas outra pessoa pode dar”, explicou, contando que, muitas vezes, as pessoas colocam “uma pressão em si próprias para fazer as coisas de uma certa forma”, pressão que é colocada pela sociedade sobre o que deve ser melhor, mas que, por vezes, implica “seguir uma certa linha que pode não funcionar para aquele bebé”. “Ficamos com uma visão tão enviesada e causa-nos sentimentos de culpa e ansiedade, e isso passa para o bebé. Já está a mãe ansiosa, o bebé stressado, e um momento que devia ser tranquilo passa a ser um pesadelo. Para mim, amamentar tornou-se um pesadelo a determinada altura. Produzo mais de um lado do que do outro, e ele gritava de um dos lados e eu não percebia porquê”, relatou.

Porém, a alimentação do bebé, provavelmente, irá mudar quando voltar à televisão, regresso esse que está previsto para março, de acordo com a anfitriã do Dois às 10, nas manhãs da TVI. “O meu dia é muito corrido, desde que chego à TVI, às 7h30 da manhã, até à uma da tarde. Raramente vou à casa de banho durante o programa, mesmo durante os intervalos, daí estar a fazer o stock no congelador, mas acho que muito dificilmente vou conseguir dar leite meu quando voltar a trabalhar”, disse neste direto nas redes sociais.

Quanto ao afastamento da televisão, e após vários pedidos dos seguidores para que a comunicadora regressasse em breve ao pequeno ecrã, Maria garante ter “muitas saudades de trabalhar”: “Felizmente, o horário em televisão permite-me apanhar a parte da manhã, em que o Vicente ainda está a dormir. Passa rápido, à hora de almoço já estou em casa”. “A primeira vez que sair de casa vai-me custar, vou de coração apertado”, antevê Maria Botelho Moniz, que, para prevenir uma adaptação difícil, já contratou ajuda. “Passei a ter ama um mês antes de ir trabalhar, para nos adaptarmos todos. Para ela se habituar ao Vicente, para o Vicente se habituar a ela, para estarmos os três coesos na dinâmica, para quando eu for trabalhar já não ser um choque.”

 

Texto: Luís Duarte Sousa; Fotos: Impala e D.R.

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