Marcantonio Del Carlo Deixa esclarecimento após ser alvo de denúncia no Ministério Público

Marcantonio Del Carlo já reagiu à acusação do Sindicato dos Registos e do Notariado sobre um alegado esquema de corrupção.

O Sindicato dos Registos e do Notariado (STRN) informou que denunciou Marcantonio del Carlo ao Ministério Público. Em causa estão as suas declarações sobre um suposto esquema de corrupção em Portalegre associado à atribuição da nacionalidade.

“O facto deu-se num programa da SIC de Júlia Pinheiro, onde Marcantonio del Carlo afirmou ter conhecimento de uma situação em que por 5.000 euros em Portalegre se obtinha logo a nacionalidade portuguesa”, pode ler-se.

O ator já reagiu nas redes sociais. “A minha conversa com a Júlia Pinheiro no programa da SIC, expressou apenas a minha mágoa em virtude de ainda não ter conseguido ser português, pela impossibilidade de contornar o obstáculo legal de apresentação do certificado do registo criminal do país da minha naturalidade (Zimbabué), local de onde saí com apenas seis meses. Nunca difamei nem foi minha intenção difamar quem quer que fosse e muito menos pôr em causa a honorabilidade, competência e imparcialidade dos Serviços de Registo e Notariado de Portalegre ou de qualquer outra localidade”, começou por dizer.

“Possivelmente por meio de ilegalidades”

“Tenho e sempre tive um enorme respeito pelos profissionais do sector com quem me fui cruzando ao longo de 40 anos em Portugal. Precisamente pelo muito respeito e admiração pelos serviços públicos em particular os dos Registos e Notariado, o meu processo de nacionalidade foi instruído em cumprimento escrupuloso da lei, conduta que tem pautado toda a minha vida, prova disso mesmo foi a publicação que fiz a 25 de outubro, aquando da entrada do meu pedido de Nacionalidade nos Registos Centrais em Lisboa, em que enalteço os profissionais do sector pelo apoio prestado e pelo aconselhamento que me foram dando quer a mim, quer à minha advogada. O que pretendi foi chamar à atenção que paralelamente a esta via legal, fui contactado por pessoas exteriores àqueles serviços que pretenderam agir como intermediárias (possivelmente por meio de ilegalidades e a troco de dinheiro) e que prometiam obter a minha nacionalidade, tentando enganar os Registos e Notariado de Portalegre, o que recusei veementemente!”, acrescentou.

“O acontecimento ocorreu há uns anos, fiquei profundamente chocado com o teor do mesmo e não denunciei, pois as chamadas foram sempre efetuadas de números anónimos. Se a minha declaração foi mal interpretada, possivelmente por dificuldades de expressão (pois em momento algum afirmei que os profissionais dos Serviços dos Registos e Notariado estavam envolvidos nesta tentativa de extorsão de dinheiro) e se de alguma forma feriu suscetibilidades, quero publicamente pedir desculpa a todos aqueles que direta ou indiretamente se sentiram ofendidos. O que desejo profundamente é ser finalmente português, país de trago no meu coração há 40 anos e que me tem acolhido com tanto carinho ao longo todos estes anos e de toda a minha carreira”, rematou.

Texto: Tomás Cascão; Fotos: Arquivo Impala

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