Emocionado, Luís Montenegro abraçou-se à mulher, Carla, e aos filhos, Hugo e Diogo, depois de ter ficado a conhecer os resultados das eleições, no passado domingo, 18 de maio. Uma noite de emoções fortes para toda a família, depois das polémicas dos últimos meses.

O primeiro-ministro voltou a ser eleito, ainda que sem maioria absoluta, e acredita que teve direito a um “voto de confiança” dos portugueses, independentemente das questões relacionadas com a falta de ética e transparência apontadas à empresa de consultoria da família, a Spinumviva. Montenegro, que entretanto passou a gestão dos negócios a Hugo, de 23 anos, e a Diogo, de 19, foi acusado de favorecer firmas que eram suas clientes e que tinham contratos com o Estado.

No discurso da vitória da AD, depois de se dirigir aos portugueses, o líder do Partido Social Democrata dedicou as primeiras palavras à mulher e aos filhos, que se mostraram firmes e unidos ao longo de toda a campanha. “Quero saudar mais do que nunca a minha família, a minha família de sangue e a minha família política, pelo apoio, pela força e pela solidariedade”, disse, com a mãe de um lado e a mulher de outro.

Dias antes, Carla Montenegro já tinha afirmado aos jornalistas que ia estar ao lado do marido em mais uma legislatura: “Acredito numa vitória esmagadora. Estou preparadíssima. Só peço que deixem o Luís trabalhar”.

Mas Luís não terá o trabalho facilitado, apesar de ter aumentado a bancada parlamentar de 80 para 89 deputados. Na oposição, terá de enfrentar o Chega, que passou de 50 para 58 deputados, ficando empatado com o PS, o grande derrotado destas eleições. Agora é tempo de arregaçar as mangas e, sobre o “não é não” que declarou a André Ventura em 2024, diz apenas que vai honrar as suas convicções.

“Dentro do cumprimento dos compromissos que assumi em nome da AD e dentro do espírito do ‘sim é sim’ a Portugal, tenho a certeza que vai acabar por imperar o sentido de responsabilidade, não só para a assunção plena de poderes do Governo, mas de condições de execução do programa do Governo em quatro anos”, declarou, após ter ficado a conhecer os resultados das eleições.

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Texto: Vânia Nunes; Fotos: Nuno Moreira e Zito Colaço

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