Henrique Cymerman tem 62 anos, é o mais premiado jornalista português e trabalha no país que tem mais repórteres por metro quadrado, lado a lado com o perigo. É o homem em quem o Papa Francisco confia para levar paz ao Médio Oriente e o autor de dezenas de entrevistas a líderes políticos dos dois lados do conflito daquela conturbada região. Com a NOVA GENTE, fala dos projetos que tem para o futuro e que continuam a passar pelo canal de Paço de Arcos, mas também pela Netflix e pela HBO, e ainda da autobiografia que, até agora, se tinha recusado a escrever.

Antes de eu ter ligado o gravador para iniciarmos a nossa conversa, estava a contar-me, entusiasmado, que está a escrever uma autobiografia…
Sim. É uma coisa que sempre me tinha oposto a fazer. Houve já vários editores, inclusive em Portugal, que me propuseram escrever toda a história da minha vida e a da minha família. Como é que os meus familiares chegaram cá, como é que eu cheguei ao jornalismo, os acontecimentos principais por que passei… Neguei-me sempre porque dizia que ainda estou a meio do filme e não posso começar já a resumir. Mas, entretanto, encontrei-me com um editor brasileiro que me aconselhou a não esperar 10 anos porque nunca sabemos o futuro. Com o começo do coronavírus e do primeiro confinamento, dei comigo a escrever quase de forma automática.

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Notícia www.novagente.pt

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