Helder Mota Filipe é doutorado em Farmacologia e licenciado em Ciências Farmacêuticas. É professor associado da Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa. E, entre muitos outros cargos, foi presidente do Infarmed. Agora quer ser o próximo Bastonário da Ordem dos Farmacêuticos (OF).

Como e quando tomou essa decisão?
Humberto, antes de mais obrigada pela oportunidade desta entrevista, a melhor forma de chegar às pessoas que diariamente nos procuram: os portugueses e utilizadores/pacientes das farmácias de Portugal. Respondendo à sua questão: a decisão de me candidatar foi tomando forma nos últimos dois anos, período em que fui observando um crescente distanciamento entre os farmacêuticos e a sua Ordem com especial destaque para os colegas mais jovens e que representam o futuro. Este descontentamento tem vindo a manifestar-se, de forma inorgânica, fora da Ordem, e é urgente alterar esta situação. Pretendo, nestes termos, contribuir com a diferença. Acresce ainda a situação difícil para a saúde em Portugal, agravada pela pandemia, que exige ao farmacêutico um conjunto de mais responsabilidades que remetem para novas competências e serviços, muitos deles em articulação com o SNS. Senti que este era o momento de servir a Ordem como bastonário, colocando-me – com humildade – ao serviço da classe que integro, através da minha experiência e conhecimento técnico e científico adquirido. No fundo, indo ao encontro das diversas áreas da profissão, do funcionamento do sistema de saúde e do processo de decisão política, aspetos que vão ser essenciais para a afirmação e evolução da profissão. 

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Notícia www.novagente.pt

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