Funeral de Amélia Fialho vai ser pago por colegas

O casal, que matou a professora do Montijo para poder ficar com a herança desta, vai ficar sem nada, segundo a lei portuguesa.

Funeral de Amélia Fialho vai ser pago por colegas

Até à data, não são conhecidos outros familiares à professora morta pela filha, Diana Fialho. Amália Fialho, de 59 anos, foi drogada, agredida e queimada pela filha e pelo genro, Iuri Mata.

O casal, que matou a professora do Montijo para poder ficar com a herança desta, vai ficar sem nada, segundo a lei portuguesa.

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Neste momento, o dinheiro de Amélia Fialho está inacessível, pelo que serão os colegas da professora a pagar as cerimónias fúnebres. Serão os colegas da escola secundária Jorge Peixinho, onde Amélia leccionava a disciplina de Físico-Química, que vão tratar de tudo.

Segundo avança o Correio da Manhã, a investigação do crime de Amélia Fialho ainda decorre e Iuri Mata, cúmplice da filha, terá sido levado pelas autoridades ao local onde Amália foi queimada para que este reconstituísse o crime.

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Mãe de Iuri defendeu o filho e acusou a nora

Orlanda Carmo, a mãe de Iuri Mata, genro de Amélia Fialho, afirmou que o filho «tinha medo» da mulher.

«O meu filho foi coagido por ela. Nunca na vida ele teria pensado em tanta barbaridade. É impensável. Eu criei o meu filho, eu conheço-o», disse Orlanda numa entrevista à SIC.

«Ele não era a mesma pessoa [desde que começou a namorar com a Diana]. Ele não é o monstro que as notícias estão a pintar», disse também a irmã de Iuri Mata.

Orlanda referiu que Amélia, assassinada pela filha e genro, já lhe havia comunicado adoração por Iuri. «Ela disse-me: ‘Orlanda tenho uma grande adoração pelo seu filho. Se alguma coisa me acontecer não é culpa do Iuri’», recordou

Já em declarações à CMTV, Orlanda conta que só soube do que tinha acontecido quando o filho lhe ligou da PJ, às 05:30, quando já tinha sido detido

A má relação entre mãe e filha não era novidade. Em 2014, a PSP do Montijo já tinha sido chamada a casa da família Fialho por alegadas agressões da filha adotiva à professora. Apesar de Amélia ter pago a lua-de-mel do casal de assassinos e estes viverem em casa dela, Amélia Fialho tinha ameaçado a filha em como a ia deserdar após anos de mau relacionamento.

Diana Fialho e Iuri Mata tinham recentemente voltado de lua-de-mel e por estes dias parecia reinar a paz naquela casa. No entanto, Diana já estaria a planear a morte da própria mãe, com a ajuda do marido.

Ao fazê-lo, manteria o património de Amélia em seu nome.  O duplex onde viviam os três no Montijo, uma outra casa que está alugada, uma casa de férias e dois carros.

Um dos carros, que não tinha via verde, foi até usado pelo casal homicida para, da ponte Vasco da Gama, se desfazerem da arma do crime e do telemóvel da professora.

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Os dois suspeitos foram detidos na madrugada de sexta-feira, cerca das 02:00, e as autoridades acreditam que o crime foi cometido no sábado. Drogaram Amélia, deixaram-na adormecer e agrediram-na na cabeça com um martelo. Enrolaram-na numa manta e desceram até à garagem e elevador, arrastando o corpo, colocando-o depois na bagageira do carro.

Levaram depois o corpo para uma zona descampada em Pegões, onde regaram o cobertor e o corpo com gasolina. Pelo caminho, terão parado para comprar a gasolina e o isqueiro que usaram para incendiar o corpo.

Os dois suspeitos vão aguardar julgamento nos estabelecimentos prisionais de Tires e do Montijo, respetivamente.

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