Bruno Cabrerizo “Às vezes, vejo colegas a reclamar que estão de barriga cheia”
Bruno Cabrerizo falou sobre os contratos de exclusividade e o pensamento de alguns atores que dão as suas conquistas como adquiridas, garantindo ainda: “Eu não reclamo de porra nenhuma”
Sem projetos na TVI, mas com um projeto num canal rival, Bruno Cabrerizo diz-se feliz pelo que já alcançou na sua vida profissional. No entanto, numa conversa com Tiago Paiva, no podcast ‘Devaneios’, o ator deixa algumas críticas a alguns colegas que não pensam da mesma forma.
“Sou muito grato, porque o ser humano é engraçado, o ser humano acostuma-se com o que tem. Quando ele não tem, quer ter, quando atinge um lugar e se torna rotina, esquece-se que ao redor dele há tantos outros que querem atingir aquele lugar”, disse o ator brasileiro.
“Quem já está lá, acaba por dar tudo como certo, porque já tem aquilo como fruto do próprio trabalho e começa às vezes a reclamar da vida. Eu não reclamo de porra nenhuma. Às vezes estou no ‘set’ e esperamos muito, costumamos dizer que o melhor ator é aquele que espera melhor, é assim, troca de ‘set’, luz, câmara, etc. Às vezes tem de se gravar com frio ou chuva e eu não reclamo de nada. Às vezes, vejo colegas a reclamar que estão de barriga cheia porque já se acostumaram àquele lugar”, continuou o ator.
“Eu paro para pensar: como atingi o lugar com uma certa idade e maturidade, já passei dessa fase de achar que cheguei e sou absoluto, e a pessoa fica meio ludibriada por aquilo que atingiu, achando que nunca vai acabar”, disse ainda Bruno Cabrerizo.
O brasileiro disse ainda que, por vezes, quem tem contrato de exclusividade, esquece-se o que já passou e o que passam os outros que querem alcançar esse patamar de estabilidade. “Há atores e atrizes, colegas de trabalho, que às vezes reclamam e têm contrato de exclusividade, mas esquecem-se que o coleguinha que está lá ao lado a ‘ralar a bunda’ para conseguir pagar a conta de água e luz, e eu lembro-me disso, porque eu tive de ‘ralar a bunda’ para chegar onde cheguei, e não me esqueço do passado”, explicou.
Texto: Tiago Miguel Simões; Fotos: Impala
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