Ângela Ferreira Prepara segundo Natal com o filho: “O Hugo está sempre presente”

Pouco mais de 15 meses após ter dado as boas-vindas a Hugo Guilherme, após engravidar do companheiro pós-morte, a cabeleireira celebra a quadra com um sabor especial.

Ângela Ferreira Prepara segundo Natal com o filho:

Cheio de vida, Hugo Guilherme é o centro das atenções de Ângela Ferreira, a mulher que deu a cara pela luta da legalização da inseminação pós-morte em Portugal. O menino nasceu quatro anos após a morte do pai, Hugo, que partiu antes de concretizar o desejo de ter um filho, o mesmo que deixou assente num papel. O seu sémen foi criopreservado em vida, mas a cabeleireira teve que lutar para lhe realizar a vontade, após a sua partida, vítima de um cancro colorretal. Após muita luta, que começou com uma petição, Ângela conseguiu que, depois de um veto do Presidente da República, a nova lei da procriação medicamente assistida, conhecida como “Inseminação post mortem”, entrasse em vigor em novembro de 2022. Guilherme veio ao mundo a 16 de de agosto de 2023 e é, atualmente, “a melhor prenda” que a mãe poderia receber.

Como é que têm sido estes 15 meses de Guilherme?

Têm sido maravilhosos. É uma descoberta nova todos os dias, mas é uma emoção fantástica de viver. Às vezes, acho que olho para ele e parece que ainda não é real.

Travou uma luta muito difícil. Valeu a pena?

Claro que sim. Foram quatro anos quase de luta, mas que tiveram o melhor final possível. É a melhor prenda que eu podia ter.

O ano passado foi o primeiro Natal do Guilherme. Mais crescido, como vai ser este?

O Guilherme já caminha, já gosta de ajudar na decoração, principalmente na destruição dos enfeites da árvore de Natal. É a mãe a montar de um lado e ele a desmontar do outro. Mas é engraçado ver a forma como ele reage.

É uma descoberta para ele também?

E para a minha mãe também! Quer dizer, agora tenho um filho, a responsabilidade é diferente, a vivência será diferente também, mas sempre como enquadramento desta época.

Passou a ser uma época diferente após o nascimento do Guilherme?

Sim, porque não era uma época que me fascinasse muito, porque sempre achei que era mais direcionada para as crianças. Quando era pequena também adorava e não era uma criança fácil. Agora, com o meu filho, acabei por entrar um bocado na onda, comecei a gostar e a dar mais valor também. E havendo crianças, efetivamente o Natal é completamente diferente. A magia é outra.

A magia do Natal continua a ser a três?

Sempre. Claro que, na noite de Natal sente-se uma nostalgia diferente, porque há um lugar à mesa que fica vazio. Mas aprendemos a lidar e o Hugo está sempre presente nos nosso corações.

 

Leia a entrevista na íntegra na NOVA GENTE desta semana. Já nas bancas.

 

Texto: Sérgio Queirós; Fotos: João Manuel Ribeiro;

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