André Ventura Chega atira-se a Nininho Vaz Maia: “Ofende os princípios do Homem Ribatejano”
O Chega, de André Ventura, repudia a contratação de Nininho Vaz Maia para atuar na Feira de Maio 2025, na Azambuja.
A presença de Nininho Vaz Maia como cabeça de cartaz da Feira de Maio 2025, em Azambuja, está a gerar polémica.
O núcleo concelhio do partido Chega! manifestou-se publicamente contra a atuação do cantor, criticando a escolha do Executivo Municipal e alegando que o artista “não representa os valores do mundo rural”. A tradicional Feira de Maio, que se realiza entre os dias 22 e 26 de maio, é considerada uma das festas mais castiças do Ribatejo.
Num comunicado oficial, o Chega! de Azambuja sublinha a importância simbólica da festa: “Na nossa Feira a figura do Campino, do Cavalo Lusitano e do Toiro Bravo são exaltadas como símbolos maiores do nosso Ribatejo. Celebramos assim a identidade rural, equestre e tauromáquica de Azambuja, valorizando o que é nosso. São valores que o Partido CHEGA! Defende e sempre defenderá, o nosso Mundo Rural.”
A escolha de Nininho Vaz Maia para o cartaz da festa é, segundo o partido, uma decisão que vai contra a essência da Feira de Maio. “Razões pelas quais somos manifestamente contra a escolha do cantor Nininho Vaz Maia (cabeça de cartaz) para atuar na nossa festa – Feira de Maio de 2025. E somos contra porque o mesmo ofende os princípios do Mundo Rural, do Camponês, do Campino, do Cavaleiro, do Folclorista, ou seja, do Homem Ribatejano, humilde, de trabalho árduo que tanto ama a sua terra.”
“No caso de Nininho Vaz Maia subsiste o passado criminal”
O partido refere ainda o passado judicial do cantor como argumento para rejeitar a sua atuação: “Como é do conhecimento geral, o cantor em causa não é só conhecido pelo seu brilhantismo musical, mas também por um passado ligado à prática de rixas e, na atualidade, por ser constituído arguido por fortes suspeitas de branqueamento de capitais aliada a uma rede suspeita de tráfico de droga. Obviamente que todos usufruem do estatuto da presunção de inocência, mas, no caso em concreto do cantor Nininho Vaz Maia, subsiste o passado criminal (condenação com trânsito em julgado) e, atualmente, a constituição de arguido por fortes suspeitas aliadas à prática de crimes graves. É uma questão de bom senso”, defende o Chega!.
O comunicado termina com um apelo à preservação dos valores da festa, lamentando a escolha feita pela Câmara Municipal de Azambuja. “Achamos que esta contratação não dignifica os valores da festa para a qual foi contratado pelo atual Executivo Municipal em Funções, que não deveria ir atrás de modas e pluralidade de gostos, mas sim respeitar o Homem Ribatejano. Precisamos de preservar os valores da Festa Brava, passá-los às gerações vindouras, e esperamos honestamente que com esta contratação o Executivo Municipal em Funções não deixe um dano irreparável na nossa Festa. Como já alguém disse: É uma questão de elementar bom senso.”
Texto: Tomás Cascão; Fotos: Arquivo Impala & Redes sociais
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