A Administração de Segurança dos Transportes deixará de aplicar a obrigatoriedade de uso de máscara em aviões, comboios e outras formas de transporte público depois de, na segunda-feira, um juiz federal ter obrigado à eliminação da medida imposta pelo governo Biden. Em resposta a uma queixa apresentada pelo Health Freedom Defense Fund, em julho de 2021, o tribunal decidiu que o requisito de uso obrigatório de máscaras ordenado pela administração Biden ultrapassou a autoridade competente e que, ao fazê-lo, violou o procedimento adequado.

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Embora a Delta Airlines tenha expressado “alívio em ver a obrigação das máscaras nos Estados Unidos da América suspenso para facilitar as viagens globais, já que a covid-19 fez a transição para um vírus sazonal comum”, os trabalhadores na linha da frente do setor dos transportes podem ter sentimentos contraditórios sobre o levantamento desta restrição. Por um lado, coloca-os em risco potencial de infeção mais elevado, mas, por outro, deixam de estar obrigados a aplicar uma regra à qual muitos passageiros se opuseram.

As companhias aéreas registaram um aumento dramático nos incidentes a envolverem passageiros indisciplinados no ano passado, a grande maioria relacionada com o uso obrigatório de máscara e à recusa dos passageiros em cumprir a medida. As tripulações das companhias aéreas relataram quase 6 mil incidentes de passageiros indisciplinados à FAA em 2021, 4.290 deles relacionados com máscaras. Destes incidentes, 1.099 resultaram em investigações da FAA por violações de regulamentos federais de aviação ou leis federais, que é o caso quando os passageiros “atacam, ameaçam, intimidam ou interferem com um tripulante”.

O diretor da FAA, Steve Dickson, disse à ABC News no ano passado que “num ano típico, a agência acabará por tomar esse tipo de ação de fiscalização em cerca de 100 a 160 casos de fiscalização”, antes de acrescentar que “o que é realmente novo é o volume que a verificar-se agora”. Além do número ter aumentado, os incidentes passaram a ser mais violentos. A situação levou mesmo algumas companhias aéreas, incluindo a Southwest e a American, a proibir temporariamente as vendas de bebidas alcoólicas a bordo, já que o consumo de álcool estava também relacionado a muitos casos de agitação de passageiros.

Statista

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