Furacões no Oceano Atlântico são cada vez mais e mais devastadores

Número de grandes furacões no Oceano Atlântico é cada vez maior e prevê-se que neste ano seja ainda maior do que o normal.

Furacões no Oceano Atlântico são cada vez mais e mais devastadores

A Administração Nacional Oceânica e Atmosférica anunciou nesta quarta-feira uma temporada de furacões no Atlântico acima do normal, como aliás relatórios divulgados anteriormente já tinham sugerido. A previsão marca o sétimo ano consecutivo em que se prevê uma temporada de ciclones acima da média. A NOAA antecipa a ocorrência de seis a dez tufões em 2022, dos quais pelo menos metade seria da categoria dos grandes furacões.

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Enquanto as temporadas de 2021 incluíram muitas tempestades tropicais, mas menos furacões, 2020 foi um ano extremamente movimentado para os ciclones. Um total de 14 formou-se sobre a bacia atlântica – o maior desde 2005, ano do furacão Katrina. Seis deles foram grandes, incluindo o Laura, o Eta e Iota. Em 2021, quatro em cada sete tufões na bacia do Atlântico eram de categoria 3 ou superior na escala Saffir-Simpson, exemplificando ainda mais a tendência de os furacões tornarem-se mais graves ao longo dos anos.

Enquanto nas décadas de 1970 e 1980, o número de grandes furacões foi de, em média, 1,6 por ano, nas décadas de 2000 e 2012 o número situou-se nos 3,1 e 3,8 por ano. As alterações climáticas foram identificadas como a principal razão por que ocorrem cada vez mais e mais fortes furacões.

São igualmente em maior número as evidências de que as estações dos tufões estão a mudar e acontecem cada vez mais tarde. A primeira tempestade de 2021 – Ana – foi registada em 22 de maio, depois de formar-se perto das Bahamas. O ano 2021 o sétimo consecutivo em que uma tempestade se formou antes do início da temporada oficial, em de junho. Nenhuma tempestade foi registada em 2022, até agora, mas uma primeira previsão do clima tropical foi emitida antes do previsto pelo Centro Nacional de Furacões, no domingo, embora apontando o distúrbio climático no norte do Golfo do México apenas com potencial de 10% para se transformar numa tempestade tropical.

O ano 2005, quando o furacão Katrina atingiu Nova Orleães, foi o pior ano de furacões, desde 1851, de acordo com os registos do National Oceanographic & Meteorological Laboratory, no NOAA. O furacão Katrina foi apenas um dos sete maiores furacões observados na bacia do Atlântico naquele ano. Naquele ano registou-se o maior número de furacões no Atlântico (15), seguido por 2020 (14), 2010 (12, incluindo o furacão Sandy) e 1969 (também 12).

Infographic: Number of Major Hurricanes Over Atlantic Rises | Statista

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