Vítor Bruno pede consistência ao FC Porto na 2.ª volta

O FC Porto requer maior consistência na segunda volta da I Liga de futebol, reconheceu hoje o treinador Vítor Bruno, esperando uma reação à derrota na Choupana na visita ao Gil Vicente, no domingo, da 18.ª jornada.

Vítor Bruno pede consistência ao FC Porto na 2.ª volta

“Não podemos pensar que tudo está mal e olhar de forma fatalista para tudo o que tem acontecido. Há coisas que foram bem feitas e estão a ser construídas, mas precisamos de ter consistência e ser proativos no nosso olhar para o jogo. Temos de atacá-lo logo numa fase inicial, percebendo que cada minuto é decisivo para o resultado, sob pena de, depois, ficarmos sujeitos ao que pode acontecer”, vincou o técnico, em conferência de imprensa.

Os ‘dragões’ falharam a ultrapassagem ao líder isolado Sporting na semana passada, ao perderem na visita ao então penúltimo classificado Nacional (0-2), que tinha sido adiada em 03 de janeiro, devido ao forte nevoeiro na Choupana, e foi reatada nove dias depois.

“Um clube de exigência máxima como o FC Porto quer sempre ganhar. Queríamos e até tivemos condições para estar no primeiro lugar, mas, neste momento, dependemos só de nós para lá chegar. Que ninguém se esqueça disso. Não hipotecamos o nosso resultado no campeonato”, ressalvou, ciente de que “as equipas flutuam muito ao longo da época”.

Vítor Bruno lamentou que o primeiro tento do Nacional, concretizado dois minutos depois do reatamento do encontro, tenha gerado “alguma ansiedade” em vez de um “estado de revolta” no FC Porto, que fechou a primeira volta como vice-líder, a um ponto dos ‘leões’.

“Obviamente, criou mossa e feriu-nos. Cometemos o erro de olhar muito para o destino final e uma posição que já não conseguíamos chegar há bastante tempo, esquecendo de que tínhamos de percorrer um caminho. Olhámos mais para o produto final e menos para o processo. Que fique a aprendizagem e não voltemos a cometer o mesmo erro”, referiu.

A exemplo de outros momentos negativos da temporada ‘azul e branca’, a contestação à equipa voltou a subir de tom no regresso da Madeira, mas o treinador notou que, “mesmo em condições adversas, os adeptos nunca deixaram de manifestar apoio” no último jogo.

“A forma como se manifestaram no final é natural de uma equipa que tendencialmente é feita para ganhar, todos os anos está com a expectativa de vencer e tem adeptos muito exigentes, que se habituaram a ganhar e têm as manifestações que têm de ter. Era mau sinal se isso não acontecesse e eles pensassem que estava tudo bem e não havia problema entre ganhar ou perder”, reagiu Vítor Bruno, um dos mais visados pela crítica.

O presidente do FC Porto, André Villas-Boas, manteve a confiança no técnico e dirigiu-se esta semana ao plantel, optando, desta vez, por falar individualmente com alguns atletas.

“A sua presença é sempre bem-vinda. Já teve vivências em diferentes funções no futebol ao longo dos anos e tem um capital de experiência acumulado. É uma voz que respeitamos muito. O que passou aos jogadores ficará entre eles. Eu não estive presente. Agora, queremos muito inverter o que aconteceu na Choupana e temos uma oportunidade única para o fazer”, traçou.

Vindos de duas derrotas consecutivas nas diversas provas, sem qualquer tento marcado, os dragões’ têm apenas um triunfo nas últimas sete partidas como visitantes e ganharam metade dos oito jogos disputados nessa condição na I Liga, enfrentando um Gil Vicente invicto há seis desafios e recém-qualificado para os quartos de final da Taça de Portugal.

“Vai ser um adversário completamente diferente do que encontrámos na primeira volta e que nos cria sempre muitas dificuldades. Temos o exemplo da época passada”, advertiu.

O FC Porto, terceiro colocado, com 40 pontos, a um do Sporting e do Benfica (mais um jogo), visita o Gil Vicente, 11.º, com 19, no domingo, às 20:30, no Estádio Cidade de Barcelos, em jogo da 18.ª jornada da I Liga, sob arbitragem de Fábio Veríssimo, da associação de Leiria.

 

RYTF // AO

By Impala News / Lusa

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