Cada vez mais, a ciência tem evoluído em parceria com o desporto para melhorar o desempenho dos atletas em campo, e nomeadamente dos futebolistas, o que tem despertado a atenção para o uso de técnicas científicas no desporto.

Para tornar o processo científico mais eficaz no tratamento de futebolistas e na melhoria da sua performance em campo, o pós-Doutorado em Neurociências e membro da Society For Neuroscience nos Estados Unidos e da Royal Society of Biology do Reino Unido Fabiano de Abreu Agrela desenvolveu um método científico já utilizado em diversos atletas profissionais, como o lateral-direito do Tottenham Emerson Royal, entre outros jogadores nacionais e internacionais.

O método, publicado no CPAH – Centro de Pesquisas e Análises Heráclito, destacado na revista The Sun, traz um diagnóstico multidisciplinar para o jogador, explica Fabiano de Abreu.

“Na entrevista concedida ao The Sun, discuti um projeto multidisciplinar que desenvolvi, focado em atender às necessidades atuais dos atletas e melhorar a sua performance, incluindo aspetos de prevenção. O projeto é também relevante para investidores, como empresários e agentes de futebol, para avaliar o potencial de investimento em jovens atletas.

“É necessário fazer uma anamnese multidisciplinar com o jogador que analisa o seu contexto familiar, cultural, social, educação, saúde mental, entre outros, assim como são realizados uma série de exames, incluindo testes genéticos, que permitem entender mutações, predisposições, habilidades e características individuais que apenas assim podem ser exploradas.

“Também são feitos exames de sangue para identificar carências e desequilíbrios nutricionais e uma avaliação neurológica completa que explora a concentração, tomada de decisão, memória e resiliência sob pressão”

“A partir disso, é possível não só entender as suas possibilidades de crescimento de carreira e possibilidade de melhoria de resultados, como também direcionar tratamentos multidisciplinares para aumentar o seu desempenho e melhorar o seu treino”, explica Dr. Fabiano, que está a trabalhar atualmente com cerca de 30 jovens jogadores que irão à Inglaterra

De acordo com Fabiano de Abreu, a tendência é que cada vez mais o uso de métodos científicos na preparação física e mental dos jogadores aumente e quem investir desde o início sairá na frente.

“Não é mais do campo da imaginação, mas sim da prática. Os jogadores que têm todo esse acompanhamento multidisciplinar e passam pelo processo científico de identificação e tratamento de demandas têm um melhor desempenho em campo, menor risco de lesões, maior vida útil no desporto e melhores resultados. Além disso, traz uma orientação aos empresários do futebol para entender quais as dificuldades que se pode ter no futuro com jogadores problemáticos, por exemplo, e investir em quem realmente tem um bom potencial.

“Quem começar a investir nisso desde já, terá dado um passo à frente para explorar um potencial muito maior em campo”, afirma.

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