Sete valas comuns descobertas em antigo bastião do Estado Islâmico
Sete valas comuns com mais de 100 corpos não identificados foram descobertas perto da cidade de Bukamal, antigo feudo do grupo extremista Estado Islâmico, no leste da Síria, indicou na terça-feira a agência oficial Sana.
A agência síria acusa o Estado Islâmico (EI) de estar na origem do massacre.
“As equipas de defesa civil e o Crescente Vermelho sírio encontraram 101 corpos, a maioria dos quais foi alvo de tortura e de maus tratos antes da execução”, precisou a Sana, indicando que continuam os trabalhos “para recuperar mais corpos” naquela cidade da província de Deir Ezzor.
Os esforços das equipas centram-se na “identificação dos corpos já encontrados, alguns dos quais são de mulheres”, disse à agência France-Presse uma fonte do Crescente Vermelho sírio que não quis ser identificada.
“Os corpos têm marcas de tortura e alguns tinham sido vendados e algemados”, indicou, adiantando não poder determinar a data das mortes.
Num vídeo divulgado pela Sana, um militar não identificado refere que “parece que a maior parte das pessoas foram executadas com tiros na cabeça”.
Cidade era bastião do Estado Islâmico
Desde o início de 2018, o exército sírio descobriu várias valas comuns com dezenas de corpos na província de Raqa (norte), onde os ‘jihadistas’ multiplicaram os abusos antes de serem expulsos.
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A cidade de Bukamal, próxima da fronteira iraquiana, foi recuperada por Damasco em novembro de 2017. Foi o último centro urbano controlado pelo Estado Islâmico na Síria.
Desencadeada em 2011, a guerra na Síria causou mais de 360.000 mortos e obrigou milhões a abandonarem as suas casas.
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