Rússia reivindica morte de 19 combatentes portugueses na Ucrânia
O Exército da Rússia reivindicou que, dos cerca de sete mil combatentes estrangeiros na Ucrânia, há 68 de Portugal que continuam no terreno, tendo já sido mortos 19 pelas forças russas.
Portugal figura numa tabela com o número de combatentes estrangeiros que o ministério da Defesa da Rússia divulgou hoje, onde se lê que, desde o início da guerra, em 24 de fevereiro, chegaram à Ucrânia 103 combatentes portugueses, dos quais 19 foram “eliminados”, e 16 já deixaram o país. Atualmente, o número total de portugueses que a Rússia reclama estarem a combater pelo lado ucraniano é de 68. Segundo os números do lado da Rússia, cerca de sete mil “mercenários estrangeiros” de 64 países chegaram à Ucrânia desde o início do conflito, e quase 2.000 destes foram mortos pelas forças russas.
“As nossas listas, de 17 de junho, incluem mercenários e especialistas em armas de um total de 64 países. Desde o início da operação militar especial, 6.956 chegaram à Ucrânia, 1.956 já foram eliminados e 1.779 saíram” do país, referiu o Ministério da Defesa russo num comunicado. O ministério acrescenta que a Polónia é o “líder absoluto” entre os países europeus em termos de combatentes (1.831) que chegaram à Ucrânia, seguido pela Roménia e Reino Unido. Esta declaração foi acompanhada por uma tabela do número de combatentes estrangeiros, classificando-os por nacionalidades na chegada à Ucrânia e as perdas registadas, segundo o Exército russo. Não há comentários a estes números nem do lado ucraniano nem de fontes independentes.
Três “mercenários” condenados à morte
Desde o início da invasão de Moscovo na Ucrânia em 24 de fevereiro, milhares de voluntários estrangeiros, principalmente europeus, viajaram para este país para ajudar as forças em Kiev. A Rússia apresenta esses combatentes como “mercenários”, um termo pejorativo que sugere que estes são motivados pelo dinheiro. Os separatistas pró-Rússia condenaram três destes combatentes à morte, dois britânicos e um marroquino. Por seu lado, a Ucrânia e os seus aliados ocidentais sublinham que se há mercenários, estes estão do lado russo, em particular elementos do grupo Wagner, cujos integrantes foram deslocados da Síria para a Líbia, via Mali.
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