Presidente da Câmara de Pedrógão Grande vai a julgamento
Dez pessoas vão ser julgadas no processo que investiga as responsabilidades no incêndio de 2017 com início em Pedrógão Grande, que provocou 66 mortos, disse hoje fonte judicial.
O Presidente da Câmara de Pedrógão Grande vai ser julgado pelos crimes relacionados com as 66 mortes no incêndio de 2017. O processo conta com 13 arguidos, no qual consta também os presidentes dos municípios de Castanheira de Pera e Figueiró dos Vinhos em funções à data dos factos: Fernando Lopes e Jorge Abreu, respetivamente.
Na sequência do debate instrutório, o tribunal decidiu ainda levar a julgamento a então engenheira florestal no município de Pedrógão Grande Margarida Gonçalves; o comandante dos Bombeiros Voluntários de Pedrógão Grande, Augusto Arnaut; o subdiretor da área comercial da EDP José Geria; o subdiretor da área de manutenção do Centro da mesma empresa, Casimiro Pedro; e três arguidos com cargos na Ascendi Pinhal Interior: José Revés, António Berardinelli e Rogério Mota.
Vice-presidente do município de Pedrógão Grande fica de fora do julgamento
O comandante distrital de operações de socorro de Leiria à data dos factos, Sérgio Gomes, o segundo comandante distrital, Mário Cerol, e José Graça, então vice-presidente do município de Pedrógão Grande, ficam de fora do julgamento.
A decisão sobre este processo esteve para ser tomada em meados de maio, mas «alterações não substanciais aos factos» obrigaram o tribunal a dar um prazo para que a defesa dos arguidos António Ugo Berardinelli, José Revés e Rogério Mota se pronunciasse. Em causa está a queda de um pinheiro na estrada onde morreu a maioria das pessoas, «parando, desviando ao sentido contrário, ou, pelo menos, dificultando a marcha de quem passasse».
Outro inquérito investiga alegadas irregularidades no apoio à reconstrução de casas
O incêndio de Pedrógão Grande deu origem a um outro inquérito, que investiga alegadas irregularidades no apoio à reconstrução de casas que arderam no fogo, em 2017, e que tem 43 arguidos, anunciou a Procuradoria-Geral da República (PGR), no dia 07 de junho.
O incêndio que deflagrou em 17 de junho de 2017, em Escalos Fundeiros, concelho de Pedrógão Grande, e que alastrou depois a concelhos vizinhos, provocou 66 mortos e 253 feridos, sete deles com gravidade, tendo destruído cerca de 500 casas, 261 das quais eram habitações permanentes, e 50 empresas.
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