Piloto resgatado após 36 dias perdido na floresta amazónica [vídeo]

Desaparecido de janeiro, Antônio Sena, piloto de profissão, explica que se alimentou de ovos e frutas que foi encontrando na floresta.

Piloto resgatado após 36 dias perdido na floresta amazónica [vídeo]

Desaparecido de janeiro, Antônio Sena, piloto de profissão, foi resgatado, neste sábado, 6 de março, após 36 dias perdido na floresta amazónica, no Brasil. O acidente teve lugar a 18 de janeiro, enquanto realizava um voo entre os municípios brasileiros de Alenquer e Almeirim, no Pará.

Logo após o desaparecimento, a Força Aérea brasileira deu início às buscas mas após cinco dias, foram encerradas por não haver vestígios, nem da aeronave, nem do piloto.

A partir daí, os irmãos de Antônio iniciaram uma campanha nas redes sociais, que levou a que vários voluntários se mobilizassem para ajudar nas buscas.

No sábado, o piloto acabou por ser resgatado e teve de receber assistência hospitalar. Visivelmente magro e debilitado, Antônio explica que encontrou trabalhadores que estavam a apanhar castanhas e foi assim que conseguiu pedir ajuda.

“Estava a caminhar no meio da mata e vi uma coisa branca. Quando tirei a lona, vi um cesto com castanhas. A partir daí fui à procura do trilho [dos trabalhadores]”, afirma.

Ovos e frutas foram os alimentos que mais consumiu

O homem de 36 anos conta que passou um mês a alimentar-se com o que ia encontrando na floresta, nomeadamente ovos e frutas.

“As minhas prioridades sempre foram ter água e tentar encontrar alimento, fosse ele qual fosse”, explicou à TV Globo.

Garante ainda que o amor que sente pela família foi um fator fundamental para ter conseguido resistir durante tantos dias em condições tão adversas como aquelas que enfrentou.

“Posso dizer que a única coisa que me manteve forte para sair daquela situação foi o amor que eu tenho pela minha família e a vontade de ver os meus irmãos e os meus pais“, contou.

Após o resgate, Antônio teve oportunidade para dar conta de como tudo se processou, explicando que conseguiu aterrar num vale, afastado das árvores de maiores dimensões.

“Só lembro de conseguir sair do cockpit e pegar na minha mochila, num saco de pão, em algumas coisas e afastei-me da aeronave, que estava com muito combustível. Reuni tudo o que me pudesse ajudar no meio do mato. Não demorou muito até pegar fogo. Está queimada”, acrescentou.

“Se tivesse de resumir esta história, diria que é uma história de amor e fé“, concluiu, após agradecer a todos aqueles que não pararam de o procurar.

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