Nove mil pessoas manifestaram-se em Bruxelas pelo fim dos bombardeamentos em Gaza

Cerca de nove mil pessoas manifestaram-se hoje em Bruxelas pelo fim dos bombardeamentos de Israel na Faixa de Gaza, de acordo com dados fornecidos pela polícia local à Agência France Presse (AFP).

Nove mil pessoas manifestaram-se em Bruxelas pelo fim dos bombardeamentos em Gaza

Sob palavras de ordem como “Fim ao genocídio”, “Israel: terrorista”, “Libertem Gaza” ou “Justiça para a Palestina”, a manifestação de hoje percorreu pacificamente várias ruas de Bruxelas, até ao bairro onde estão situadas as instituições europeias.

De acordo com a AFP, alguns manifestantes criticaram a União Europeia pela incapacidade “vergonhosa” de proteger os civis palestinianos, enquanto outros apelaram ao boicote a produtos e empresas israelitas.

“Precisamos de unir-nos face ao genocídio em curso em Gaza, e lutar pelo fim da ocupação de Israel”, defendeu o manifestante Victor Dumont, em declarações À AFP.

Também na manifestação, Bahija Dioure disse à AFP que “nenhum povo merece isto, seja de um lado ou de outro, isto não é possível”.

Na segunda-feira, o Conselho de Negócios Estrangeiros reúne em Bruxelas os chefes da diplomacia dos 27 e os homólogos israelita, Israel Katz, e palestiniano, Riyad al-Maliki, em encontros separados.

Na quinta-feira, o Parlamento Europeu aprovou uma resolução que pede pela primeira vez um “cessar-fogo permanente” entre Israel e o movimento islamista Hamas, mas apresentou como condições indispensáveis a libertação de todos os reféns e o desmantelamento da organização considerada terrorista.

O conflito em curso entre Israel e o Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) foi desencadeado pelo ataque do movimento islamita em território israelita em 07 de outubro.

Nesse dia, 1.140 pessoas foram mortas, na sua maioria civis mas também perto de 400 militares, segundo os últimos números oficiais israelitas. Cerca de 240 civis e militares foram sequestrados, com Israel a indicar que 127 permanecem no enclave.

Em retaliação, Israel, que prometeu destruir o movimento islamita palestiniano, bombardeia desde então a Faixa de Gaza, onde, segundo o governo local, já foram mortas cerca de 25.000 pessoas – na maioria mulheres, crianças e adolescentes – e feridas mais de 60.000, também maioritariamente civis.

A ofensiva israelita também tem destruído a maioria das infraestruturas de Gaza e perto de dois milhões de pessoas foram forçadas a abandonar as suas casas, a quase totalidade dos 2,3 milhões de habitantes do enclave, controlado pelo Hamas desde 2007.

A população da Faixa de Gaza também se confronta com uma crise humanitária sem precedentes, devido ao colapso dos hospitais, o surto de epidemias e escassez de água potável, alimentos, medicamentos e eletricidade.

Desde 07 de outubro, pelo menos 365 palestinianos também já foram mortos pelo Exército israelita e por ataques de colonos na Cisjordânia e Jerusalém Leste, territórios ocupados pelo Estado judaico, para além de se terem registado 5.600 detenções e mais de 3.000 feridos.

JRS (JH/PCR)// PSC

By Impala News / Lusa

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