Ministro da Saúde sente-se “mais ministro que nunca” e nega estar cativo das Finanças
A deputada Galriça Neto (CDS) acusou hoje o ministro da Saúde de estar “cativo do ministro das Finanças”, ao que o governante retorquiu afirmando que se sente hoje “mais ministro do que nunca”, insistindo na coesão do Governo.
A deputada Galriça Neto (CDS) acusou hoje o ministro da Saúde de estar “cativo do ministro das Finanças”, ao que o governante retorquiu afirmando que se sente hoje “mais ministro do que nunca”, insistindo na coesão do Governo.
O diálogo aconteceu durante a sessão plenária sobre Saúde que decorre hoje na Assembleia da República, onde Adalberto Campos Fernandes tem sido ‘bombardeado’ com perguntas dos deputados da oposição, mas também do BE e do PCP, sobre a carência de profissionais que atinge o setor.
Os novos protestos dos profissionais – como a greve dos enfermeiros, anunciada na quinta-feira -, assim como o atraso na publicação do concurso para a colocação dos médicos recém-especialistas nos hospitais têm dominado o debate, questões às quais o ministro da Saúde tem respondido com as medidas tomadas pelo Governo, nomeadamente a contratação de mais 7.500 profissionais.
Para Galriça Neto, Adalberto Campos Fernandes traça “um retrato cor de rosa da realidade”.
“Seja ministro agora”, apelou a deputada, questionado o ministro sobre o desbloqueamento de 500 milhões de euros para o pagamento das dívidas dos hospitais, que já deviam ter seguido para as unidades de saúde.
“O senhor está cativo do ministro das Finanças. Não se esconda atrás do ministro das Finanças”, referiu Galriça Neto.
Adalberto Campos Fernandes negou a existência de qualquer divergência, afirmando: “Nunca houve um governo tão coeso como este”.
“Quem está aqui hoje é o ministro da Saúde e, perante o parlamento, assume as suas responsabilidades. Não aceitamos que estamos cativos uns nos outros. Estamos cativos do interesse público”, declarou.
Além das medidas implementadas pelo Governo, Adalberto Campos Fernandes reiterou a intenção do executivo de proporcionar um médico de família a todos os portugueses, até ao final da legislatura.
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