Homem espanca mulher durante uma semana antes de a matar
Carla Pinto viveu anos de absoluto terror às mãos do companheiro, Filipe Pereira. A violência agravou-se entre 6 e 12 de junho de 2019, tendo sido espancada diariamente.
Carla Pinto, de 42 anos, viveu anos de absoluto terror às mãos do companheiro, Filipe Pereira, de 46. A violência agravou-se entre 6 e 12 de junho de 2019, tendo sido, diariamente, sujeita a espancamentos, na casa que partilhavam com o filho, na altura de 15 anos, em Lisboa. Em 13 de junho, depois de mais uma sova que a deixou “a sangrar abundantemente pelo nariz e boca”, Carla sentiu as mãos do agressor a volta do pescoço e só a libertou quando “deixou de resistir e caiu prostrada no chão”, dá conta o Correio da Manhã.
Filipe Pereira foi julgado e condenado a 22 anos de prisão por homicídio qualificado e violência doméstica. Recorreu para a Relação de Lisboa e para o Supremo. Todas as instâncias tiveram o mesmo entendimento: a persistência e a determinação na intenção de matar Carla revelam uma insensibilidade e profundo despreza pela vida da companheira de 18 anos e mão do seu único filho. Os juízes decidiram manter a pena aplicada, escreve o mesmo jornal.
Filho foi ao supermercado e pai matou a mãe
O tribunal realça ainda o impacto do crime para o filho do casal, que tem a receber uma indemnização de 130 mil euros. O jovem assistiu a múltiplos episódios de extrema violência. No dia do homicídio, acordou com os gritos da mãe a ajudou-a a “limpar o sangue que lhe escorria pelo nariz e boca”. Pouco depois, o pai disse-lhe para ir às compras ao supermercado para ficar a sós com a mulher. Carla chegou a apresentar queixa do marido por violência doméstica, em 2017, e esteve com o filho numa casa-abrigo. Um mês depois acabou por voltar para os braços do seu agressor.
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