Eficácia da vacina da Pfizer cai mas terceira dose é dispensável, diz estudo

Passados seis meses, a eficácia da vacina da Pfizer baixou dos 96% para os 83,7%. Apesar desta redução de anticorpos, investigadores consideram que – por agora – não se justifica uma terceira dose.

Eficácia da vacina da Pfizer cai mas terceira dose é dispensável, diz estudo

A Pfizer divulgou novos dados dos ensaios clínicos relativos à vacina contra a covid-19, resultantes da avaliação de seis meses após a segunda dose: a eficácia da vacina contra a doença mantém-se alta, cerca de 91% para o grupo de participantes avaliado (pessoas com 12 anos ou mais). Assim, passados dois meses nota-se uma descida de 5% (dos 96 para os 91%) e para os 83,7% ao fim de seis meses.

Os dados mostram que a vacina da Pfizer/BioNTech previne a covid-19 de forma altamente eficaz, até pelo menos seis meses após a segunda dose, em diversas populações. Apesar do surgimento de novas variantes do SARS-CoV-2, “a vacina continua a mostrar um perfil de segurança favorável”, concluíram os autores do estudo. O artigo em pré-publicação na plataforma medRxiv, revela uma ligeira diminuição da eficácia da vacina ao longo dos seis meses, mas é de notar que a eficácia continua a ser alta: de 86 a 100% nos vários países incluídos e considerando a diversidade dos participantes (género, idade, etnia e fatores de risco).

Eficácia de 100% contra a variante da África do Sul

Além disso, a vacina apresentou eficácia de 100% contra a variante Beta, oriunda da África do Sul. No estudo, os investigadores referem também que a avaliação da eficácia deve continuar a ser analisado de forma a perceber se será necessária uma terceira dose e qual o espaço temporal para ser administrada. A observação contínua dos participantes ao longo dos próximos 18 a 24 meses será determinante para perceber a utilidade deste possível reforço imunológico.

Até agora, e apesar de a farmacêutica norte-americana reforçar a necessidade de administrar uma terceira dose, os especialistas, autoridades de saúde ou reguladores do medicamento consideram que até ao momento não existem dados que sustentem essa afirmação. Este estudo vem provar que, por agora, não há necessidade de imunizar a população com uma terceira dose.

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