Detida mãe dos bebés gémeos encontrados mortos em Cascais
A Polícia Judiciária deteve, nesta sexta-feira, a mãe dos bebés gémeos encontrados mortos dentro de casa em Cascais.
A Polícia Judiciária, através da Diretoria de Lisboa e Vale do Tejo, procedeu à identificação e detenção fora de flagrante delito de uma mulher, de nacionalidade estrangeira, com 33 anos de idade, por existirem contra ela fortes indícios da prática de dois crimes de homicídio qualificado e de um crime de profanação de cadáver. As vítimas são duas crianças recém-nascidas, uma do sexo feminino e outra do sexo masculino, tendo os crimes ocorrido, logo após o parto, na residência da arguida, na madrugada de 4 de dezembro de 2021. A arguida detida será sujeita a interrogatório judicial para aplicação de medida de coação adequada.
Quando as autoridades chegaram ao apartamento, no tarde de sábado, encontraram a mãe, os dois cadáveres e uma outra criança, uma menina menor de idade, que terá estado presente quando tudo de desenrolou. A mãe tem ainda outro filho, mas não vive consigo. De acordo com o JN, os primeiros indícios dão conta de que as crianças tenham nascido durante a madrugada de sábado ou início da manhã. No entanto, o alerta só foi dado pelo meio-dia, por vizinhos que estranharam barulhos provenientes da casa. Quando o INEM chegou ao local, os médicos encontraram a mulher numa situação difícil devido a ter perdido muito sangue no parto, sendo de imediato levada de urgência para o Hospital de Cascais.
Mãe escondeu gravidez e identidade do pai ainda é desconhecida
A mãe escondeu a gravidez de toda a gente e nunca terá sido vista por um obstetrícia ou observada por um médico. O cadáver de uma das crianças terá sido encontrado dentro de um saco de plástico. O outro estava enrolado numa toalha numa outra divisão da casa. Estes indícios fazem com que as autoridades acreditem que os bebés tenham sido mortos após o nascimento. A mulher terá dado à luz sozinha e terá sido a própria a retirar a placenta e o cordão umbilical, situação que gerou a hemorragia. Sabe-se que continua hospitalizada, no entanto já está fora de perigo. A mulher, de nacionalidade brasileira, está há alguns anos a viver e trabalhar em Portugal. Até à data não é conhecida a identidade do pai das crianças.
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