Casal estrangeiro detido na “Operação Locker” fica em prisão preventiva
O casal estrangeiro detido na semana passada por fazer compras ‘online’ com cartões e dados bancários de mais de 300 pessoas ficou em prisão preventiva, revelou hoje o Ministério Público, após os arguidos comparecerem para primeiro interrogatório.
O casal estrangeiro detido na semana passada por fazer compras ‘online’ com cartões e dados bancários de mais de 300 pessoas ficou em prisão preventiva, revelou hoje o Ministério Público, após os arguidos comparecerem para primeiro interrogatório. Numa nota publicada no ‘site’ da Procuradoria-Geral da República (PGR), o Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa explicou que os dois arguidos, um homem e uma mulher, estão “fortemente indiciados da prática do crime de abuso de cartão de garantia ou de cartão, dispositivo ou dados de pagamento agravado e do crime de branqueamento”.
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Sublinhando que os dois cidadãos estrangeiros, de 20 e 22 anos, chegaram a Portugal há menos de cinco meses e que existiam “fortes perigos de fuga e de continuação da atividade criminosa”, o MP defendeu a aplicação da medida de coação mais gravosa — prisão preventiva -, obtendo “integral concordância” por parte do juiz de instrução criminal.
Segundo o DIAP de Lisboa — que coordena a investigação, com a coadjuvação da Polícia Judiciária (PJ) -, este casal alegadamente apoderou-se dos dados de cartões de crédito estrangeiros e fizeram, “pelo menos, 315 pagamentos em superfícies comerciais portuguesas”, com as operações a atingirem um montante de cerca de 40 mil euros.
Detenção foi anunciada na quinta-feira
A detenção dos dois suspeitos foi anunciada na última quinta-feira pela PJ, no âmbito da “Operação Locker”, que esclareceu que os detidos encomendavam sobretudo equipamentos informáticos, que eram remetidos maioritariamente para “lockers” (cacifos onde são deixadas encomendas que podem ser recolhidas através de um código), onde depois eram recolhidos pelos autores dos crimes.
Aos detidos foram então apreendidos mais de uma centena de artigos relacionados com estes crimes. Na investigação colaboraram ainda a UNICRE, a SIBS e o El Corte Inglês.
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