Putin pede ao Ocidente para deixar de dar armas à Ucrânia

O Presidente russo disse hoje ao seu homólogo francês, Emmanuel Macron, que o Ocidente deve deixar de fornecer armas à Ucrânia e que Moscovo continua disponível para dialogar com Kiev.

Putin pede ao Ocidente para deixar de dar armas à Ucrânia

“O Ocidente poderia ajudar a pôr fim a estas atrocidades exercendo uma influência adequada sobre as autoridades de Kiev, bem como pondo termo ao fornecimento de armas à Ucrânia”, disse Putin durante uma conversa telefónica com Macron, segundo o Kremlin (Presidência russa). Putin afirmou que “apesar da inconsistência de Kiev (…), o lado russo ainda está pronto para o diálogo”, anunciou o Kremlin num comunicado, citado pelas agências AFP, AP e EFE.

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O Presidente russo também acusou os países da União Europeia (UE) de ignorarem os “crimes de guerra cometidos pelos militares ucranianos, o bombardeamento maciço de cidades e aldeias no Donbass, em que são mortos civis”. Na conversa telefónica, Putin informou Macron sobre o curso da “operação militar especial da Rússia” para “proteger as repúblicas do Donbass”, no leste da Ucrânia. Putin deu conta da “libertação de Mariupol” e da retirada de “civis detidos por nacionalistas na fábrica de Azovstal, em conformidade com o acordo alcançado” na reunião que manteve com o secretário-geral da ONU, António Guterres, em 26 de abril, disse o Kremlin, citado pela agência oficial TASS. Segundo o Kremlin, Putin respondeu às preocupações francesas sobre a segurança alimentar mundial dizendo que a “situação nesta área é complicada principalmente devido às sanções ocidentais” contra a Rússia.

As relações entre a França e a Rússia têm sido tensas desde o início da invasão da Ucrânia, em 24 de fevereiro. Apesar desta crise, Macron reuniu-se várias vezes com Putin antes e depois da eclosão do conflito para procurar uma solução, sem sucesso. A Presidência francesa ainda não deu conta do teor da conversa entre os dois chefes de Estado. A guerra na Ucrânia, que entrou hoje no 69.º dia, provocou um número ainda por contabilizar de mortos, civis e militares, que a ONU admite ser muito elevado. A ONU confirmou até agora a morte de mais de 3.000 civis na guerra, que também levou mais de 5,5 milhões de pessoas a fugir da Ucrânia para outros países. Vários países decretaram sanções económicas contra a Rússia e têm fornecido armamento à Ucrânia.

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