PSP condecorar primeiros polícias que responderam ao ataque no Centro Ismaili
O diretor nacional da Polícia de Segurança Pública (PSP) disse hoje que os dois primeiros polícias que responderam ao alerta para o ataque no Centro Ismaili, em Lisboa, vão ser condecorados, classificando-os como heróis.
“Dois polícias chegaram-se à frente e serão devidamente condecorados, não pode ser de outra forma, logo que a poeira assente. Há um inquérito em curso. Tudo aponta para que sejam devidamente reconhecidos”, adiantou a jornalistas Manuel Magina da Silva em declarações à margem da celebração dos 16 anos da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), em Carnaxide, Oeiras (Lisboa).
“Efetivamente, o pior aconteceu e foi implementado por dois polícias, dois heróis polícias, o protocolo do atacante ativo, ou seja, quem estiver mais próximo, mais rapidamente intervém e tenta anular a ameaça em curso”, disse. Os dois polícias vão ser agraciados com o Prémio de Segurança Pública, uma honra concedida a polícias que praticam atos nos quais há risco de vida e que salvam vidas em serviço.
Magina da Silva recordou que a rápida intervenção da polícia evitou mais mortes. “Estavam cerca de 40 pessoas no interior e claramente a rápida intervenção evitou que mais pessoas sofressem ataques graves à sua integridade física ou à vida”, observou. O MP abriu um inquérito ao ataque ocorrido na terça-feira no Centro Ismaili, em Lisboa, do qual resultaram dois mortos, segundo uma nota publicada no site da Procuradoria-Geral da República (PGR).
A investigação está a cargo da Polícia Judiciária, sob a orientação do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) do MP, encontrando-se sujeita a segredo de justiça. Duas mulheres foram mortas no Centro Ismaili, em Lisboa, na terça-feira, num ataque com uma arma branca por um refugiado afegão que foi detido e que está hospitalizado após ter sido baleado pela polícia.
O ataque – cuja motivação é ainda desconhecida – fez mais um ferido e foi condenado pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e pelo primeiro-ministro, António Costa. O homicida agora detido é beneficiário, como refugiado, do estatuto de proteção internacional e não era alvo de “qualquer sinalização” pelas autoridades.
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