Presidente turco vai reunir-se em Madrid com líderes da Finlândia e Suécia

O Presidente turco vai encontrar-se com o seu homólogo finlandês e com a primeira-ministra sueca em Madrid na terça-feira, para discutir as candidaturas da Suécia e da Finlândia à NATO, anunciou hoje a Presidência finlandesa.

Presidente turco vai reunir-se em Madrid com líderes da Finlândia e Suécia

A Turquia anunciou um bloqueio das candidaturas sueca e finlandesa em meados de maio, e espera-se que a questão seja um dos destaques da cimeira de Madrid, que decorre de terça-feira a quinta-feira na capital espanhola. A reunião de Recep Tayyip Erdogan com o finlandês Sauli Niinisto e a sueca Magdalena Andersson terá lugar no início da cimeira da Aliança Atlântica, na presença do secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, disse a Presidência finlandesa na rede social Twitter, citada pela agência espanhola EFE.

Segundo Helsínquia, novas negociações para tentar ultrapassar o veto turco estão também agendadas para hoje, na sede da NATO em Bruxelas. A Turquia acusa a Suécia de albergar militantes do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), uma organização que Ancara considera terrorista. Ancara exige também o levantamento dos bloqueios à exportação de armas por Estocolmo e Helsínquia após a intervenção militar da Turquia no norte da Síria em outubro de 2019, o endurecimento da legislação antiterrorista sueca e a extradição de várias pessoas que descreve como terroristas.

Um porta-voz de Erdogan, Ibrahim Kalin, disse a um canal de televisão turco que a participação da Turquia na cimeira de Madrid não significa que Ancara vai recuar nas suas posições. “A bola está agora no seu campo”, disse Kalin, referindo-se à Suécia e à Finlândia. A primeira-ministra sueca deverá também deslocar-se a Bruxelas para se encontrar com Stoltenberg ainda antes da cimeira de Madrid, disse o seu gabinete. Andersson falou com Erdogan por telefone no sábado, mas Ancara disse que não houve progressos.

A Suécia e a Finlândia pediram a adesão à Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO, na sigla em inglês) em 18 de maio, na sequência da invasão russa da Ucrânia, pondo termo a uma política histórica de neutralidade. A Rússia invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro, para “desmilitarizar e desnazificar” o país vizinho, segundo a versão de Moscovo, iniciando uma guerra que já terá provocado milhares de vítimas.

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