Polícia Federal brasileira suspeita que secretas favoreceram filhos de Bolsonaro

A Polícia Federal (PF) brasileira suspeita que as secretas favoreceram os filhos do ex-presidente Jair Bolsonaro no âmbito de uma investigação sobre espionagem ilegal de autoridades públicas, disse hoje um juiz do Supremo Tribunal Federal (STF).

Polícia Federal brasileira suspeita que secretas favoreceram filhos de Bolsonaro

“Segundo a PF, a organização criminosa era dividida em núcleos distintos formados, principalmente, por policiais federais com atuação na Agência Brasileira de Inteligência (Abin)” durante a chefia fo ex-diretor e atual deputado federal Alexandre Ramagem, que comandou a agência no Governo de Bolsonaro, indicou o juiz Alexandre de Moraes, do (STF), justificando que atendeu ao pedido da Polícia Federal e autorizou a busca e apreensão contra 12 investigados.

“Sob sua direção, os policiais teriam, inclusive, tentado beneficiar Renan Bolsonaro, em investigação a que responde por tráfico de influência, e o senador Flávio Bolsonaro, com a confeção de relatórios para subsidiar sua defesa no caso das ‘rachadinhas'”, que na prática é o desvio de salários de assessores, acrescentou o juiz.

Em declarações à Globonews, Flávio Bolsonaro negou qualquer tipo de favorecimento por parte da Abin e atribuiu as acusações a uma tentativa de criar “falsas narrativas” para manchar o nome Bolsonaro.

O magistrado determinou o afastamento provisório dos agentes investigados, mas, apesar do pedido do Ministério Público, recusou autorizar a suspensão provisória do mandato de deputado de Ramagem.

A Polícia Federal do Brasil realizou hoje buscas no âmbito de uma investigação sobre espionagem ilegal de autoridades públicas que terá ocorrido durante o Governo do ex-Presidente Jair Bolsonaro.

Em comunicado, a autoridade policial informou que realiza desde o início da manhã a Operação Vigilância Aproximada para “investigar a organização criminosa que se instalou na Agência Brasileira de Inteligência (Abin) com o intuito de monitorizar ilegalmente autoridades públicas e outras pessoas, utilizando-se de ferramentas de geolocalização de dispositivos móveis sem a devida autorização judicial”.

As diligências de busca e apreensão ocorrem nas cidades de Brasília, Juiz de Fora, São João Del Rei e Rio de Janeiro.

A operação é uma continuação das investigações da Operação Última Milha: “provas obtidas a partir das diligências executadas pela Polícia Federal à época indicam que o grupo criminoso criou uma estrutura paralela na Abin e utilizou ferramentas e serviços daquela agência de inteligência do Estado para ações ilícitas, produzindo informações para uso político e mediático, para a obtenção de proveitos pessoais e até mesmo para interferir em investigações da Polícia Federal”.

Os investigados podem responder pelos crimes de invasão de dispositivo informático alheio, organização criminosa e intercetação de comunicações sem autorização judicial ou com objetivos não autorizados pela lei.

 

MIM (CYR) // RBF

By Impala News / Lusa

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