Escócia lança campanha para convocar segundo referendo de independência

A primeira-ministra da Escócia, a nacionalista Nicola Sturgeon, lançou hoje uma a campanha para convocar um segundo referendo sobre a independência da região, que espera que se possa realizar até ao final de 2023.

Escócia lança campanha para convocar segundo referendo de independência

Nicola Sturgeon, em declarações ao grupo de comunicação britânico BBC, referiu que estava a lançar formalmente a campanha para o referendo “número dois” sobre a saída da Escócia do Reino Unido, ao qual a região está unida desde 1707.

A primeira-ministra escocesa pretende divulgar uma série de documentos para justificar a realização de uma nova consulta, depois de no primeiro referendo – realizado em setembro de 2014 – 55% dos escoceses rejeitarem a separação, contra 45% que apoiaram a independência. “Se soubéssemos em 2014 tudo o que sabemos agora sobre o caminho que o Reino Unido iria tomar, tenho certeza de que a Escócia teria votado ‘sim’ na época”, disse Sturgeon, numa referência à saída do Reino Unido da União Europeia (‘Brexit’).

No referendo sobre a permanência ou saída da UE em junho de 2016, a Escócia votou pela permanência, mas o resultado final para todo o Reino Unido foi o da saída. O primeiro documento que Nicola Sturgeon irá lançar vai comparar a Escócia a outros países europeus e explicará porque a Escócia beneficiará com a independência.

Mais tarde, Sturgeon espera divulgar documentos relacionados com a moeda, impostos, defesa, segurança social e reformas, participação na UE e comércio. “A conclusão muito clara é que a Escócia estaria muito melhor como país independente”, afirmou a primeira-ministra escocesa, sublinhando que o objectivo é que o referendo seja legal, oficialmente reconhecido. O Governo do primeiro-ministro do Reino Unido Boris Johnson opõe-se a uma nova votação sobre a independência, dizendo que esta questão foi resolvida com o primeiro referendo.

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