Orca carregou a cria morta durante 17 dias
Ao longo de 17 dias e mil milhas, uma orca em vias de extinção transportou a cria morta na cabeça
Ao longo de 17 dias e mil milhas, uma orca em vias de extinção transportou a cria morta na cabeça. Os especialistas avançam que, embora esta seja uma prática comum nos mamíferos, este foi o luto mais longo ao qual já assistiram.
Ao fim de 17 longos dias, este domingo, dia 12, largou o corpo da cria e voltou para junto da comunidade.
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A cria de Tahlequah nasceu a 24 de julho e morreu pouco depois. Desde então, J35 – nome pelo qual a orca também é conhecida – transportou a cria morta ao longo do Oceano Pacífico, junto à costa dos Estados Unidos e do Canadá.
“J35 passou pela minha janela hoje com outras baleias e parece vigorosa e saudável. A terrível experiência de vê-la transportar a cria durante pelo menos 17 dias e mil milhas terminou, graças a Deus”, afirmou Ken Balcomb, diretor e fundador do Centro de Investigação de Baleias dos Estados Unidos, em comunicado.
A espécie está em vias de extinção e na comunidade de mamíferos onde se insere J35, há três anos que não nasce uma cria viva. J35 terá perdido outras duas crias desde que deu à luz um filhote em 2010.
A falta de comida também está ligada ao fracasso destas orcas em não conseguirem reproduzir-se normalmente há três anos. Não há salmão suficiente, a principal fonte de alimento destes mamíferos.
A comunidade, que tem cerca de 75 indivíduos, é frequentemente encontrada perto da ilha de Vancouver, no Canadá, e nas águas marítimas do Estado de Washington, nos EUA.
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