Linha Internet Segura recebeu mais de 700 denúncias de pornografia infantil
No dia em que se assinala o Dia da Internet Mais Segura, damos-lhe conta do número de denúncias relacionadas com conteúdos de pornografia infantil e discriminação racial. O Facebook deixa ainda 10 dicas para os pais.
No dia em que se assinala o Dia da Internet Mais Segura, a Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV) revela que entre janeiro e dezembro de 2019 foram registadas 701 denúncias relacionadas com a deteção de conteúdos de pornografia infantil e discriminação racial. No total, 827 processos nas duas vertentes: atendimento e denúncia. Coordenada pela APAV, a Linha Internet Segura é um serviço de atendimento gratuito e confidencial criado com o objetivo de prestar apoio às vítimas de cibercrime, aconselhar na adoção de comportamento seguros no uso da internet e permitir a denúncia de conteúdos ilegais online.
Na ‘Helpline’, que garante o apoio, anónimo e confidencial ao uso das tecnologias online com vista a ajudar vitimas de crime e aconselhar os utentes na adoção de comportamento seguros no uso da internet foram registados 102 crimes e outras formas de violência, entre os quais 20 por burla, 12 por furto de identidade, oito de devassa da vida privada, quatro de ‘ciberbullying‘, quatro de pornografia de menores, nove de ‘phishing‘, cinco de violência doméstica e um dois crimes sexuais.Os pedidos de apoio e de denuncias são feitos para através do correio eletrónico ([email protected]) ou do número 800 21 90 90. Segundo a APAV os homens são 53,97% das 126 vítimas identificadas com idades compreendidas entre os 10 e mais de 65 anos
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Facebook deixa 10 dicas para os pais
A rede social Facebook, por saber que muitos pais criam aqui grupo de conversas e contactam com familiares ou amigos, partilhando informação e fotos sobre momentos especiais, alerta os mesmos para o Dia da Internet Mais Segura e traça algumas dicas para lidarem com os filhos, alertando-os para os perigos do mundo virtual.
Converse com seu filho antes de ele estar inscrito numa rede social
Os estudos demonstram que as crianças até aos seis anos têm acesso a smartphones ou tablets. Comece a conversar com os seus filhos sobre tecnologia antes de eles chegarem aos 13 anos, a idade em que é permitido criar um perfil numa rede social. Se ele já está no Facebook ou Instagram, considere adicioná-lo como amigo.
- Tenha atenção às restrições da idade
O Facebook e o Instagram não permitem que alguém com menos de 13 anos possa criar uma conta (em alguns países o limite de idade pode ser mais alto, dependendo da legislação local).
- Deixe claro que as regras aplicadas online são as que se aplicam offline
Da mesma forma que explica ao seu filho que deve olhar para os dois lados antes de atravessar a rua, ou usar capacete quando anda de bicicleta, ensine-o a refletir antes de partilhar fotos online e a não aceitar um pedido de amizade de um estranho.
Peça ao seu filho para o ensinar
Não está nas redes sociais? Ou está interessado em experimentar um serviço de streaming de música? Se houver um serviço que seu filho adolescente costuma usar e não faz ideia de como funciona, o Facebook sugere que peça ao seu próprio filho para o esclarecer. A conversa também pode servir como uma oportunidade para falar sobre questões de segurança, privacidade e proteção.
- Identifique e aproveite os primeiros momentos
Por exemplo, quando o seu filho recebe o seu primeiro telemóvel, é um excelente momento para definir as regras básicas. Quando ele tiver idade suficiente para aderir ao Facebook, Instagram e outras redes sociais, será um bom momento para conversar sobre partilhar conteúdo com segurança.
- Ajude-os a gerir o tempo online
Tente ser um bom modelo. O ditado “faz o que eu digo, não faças o que eu faço” é tão verdadeiro online quanto offline. Defina limites de horário para que o seu filho possa usar as redes sociais ou estar online, e obedeça a estas mesmas regras.
- Ajude-os a verificar e a configurar as suas definições de privacidade
Quando o seu filho aderir a uma rede social pode usar as ferramentas e as configurações para ajudá-lo a gerir a conta. O Facebook tem definições de privacidade para controlar quem pode ser amigo dele, quem pode ver as publicações e se querem partilhar detalhes como a localização. O Instagram oferece muitas ferramentas flexíveis para manter os adolescentes seguros online, incluindo filtragem de bullying e textos de alerta. Os adolescentes também podem restringir interações indesejadas nos seus perfis e facilmente denunciar contas, comentários e publicações de bullying.
- Peça para ser informado caso vejam algo que os preocupa
Tal como na vida real, nas redes sociais devemos tratar as pessoas com empatia e respeito. Por este motivo, o Facebook desenvolveu um conjunto de políticas (Padrões da Comunidade) que definem o que é e o que não é bom partilhar nas plataformas. Existe um link em quase todas as publicações do Facebook e Instagram para denunciar abusos, bullying, assédio e outros problemas. As equipas de todo o mundo do Facebook trabalham 24 horas por dia, sete dias por semana, para rever os itens denunciados e remover qualquer coisa que viole os Padrões da Comunidade. O objetivo é rever a maioria dos relatórios em 24 horas.
- Faça disso uma experiência partilhada
Um exemplo da experiência partilhada é usar um filme ou uma foto e divertir-se a editar com seu filho. Pode adicionar filtros e outros recursos de realidade aumentada. Pode perguntar-lhes qual é a coisa favorita deles online – talvez seja um jogo, conversar com os amigos ou partilhar fotos. Também pode falar sobre o que gosta de fazer online e, dessa forma, estão a partilhar tecnologia juntos – um excelente começo de conversa.
- Confie em si mesmo
Normalmente, com os filhos, pode adaptar o mesmo discurso que usa nas atividades offline para as atividades online. Se achar que o seu filho adolescente responde melhor a um acordo, o Facebook sugere que crie um contrato que os dois possam assinar. Ou talvez ele só precise de conhecer as regras básicas.
Além destas dez dicas de segurança, o Facebook lançou em 2019 o GeraZão, um programa educativo de boas práticas online desenhado à medida dos jovens portugueses.
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