GNR: Mulheres são obrigadas a levar os filhos para o posto
Algumas militares da GNR estão a ser obrigadas a levar os filhos para o posto por não terem onde os deixar de manhã, ainda antes da entrada na escola.
Algumas militares da GNR estão a ser obrigadas a levar os filhos para o posto por não terem onde os deixar de manhã, ainda antes da entrada na escola.
As militares que têm filhos pequenos estão a ser obrigadas a levá-los para os postos porque não lhes é concedida flexibilidade pelos comandantes. Às sete da manhã, não tendo local para deixar os filhos pequenos, as mulheres da GNR, para cumprir horários –não estando os infantários ou escolas abertos – estão a levar os filhos para o trabalho.
Um tribunal de Braga já aceitou uma providência cautelar e Associação dos Profissionais da Guarda (APG/GNR) fala em «assédio laboral».
A história é avançada pelo Jornal de Notícia que frisa existirem vários casos espalhados pelo país.
O Tribunal Administrativo e Fiscal de Braga aceitou a providência cautelar de uma militar que era obrigada a praticar o horário das 7h às 16h. O tribunal já suspendeu a ordem do comandante, alegando que caso a mulher cumprisse aquele horário estaria a «violar o cumprimento das suas responsabilidades parentais».
A mulher e o marido são ambos militares em Guimarães e a praticar o horário das 7h às 16h, ficam sem ninguém que possa levar as duas filhas pequenas à escola. A militar pediu para trabalhar das 8h às 17h mas foi-lhe negado.
Há ainda outro caso, em Braga, de uma militar que leva ofilho para o posto todos os dias às 7h. Leva-o mais tarde à escola, pelas 9h, quando outros profissionais chegam a posto.
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