Investimento direto estrangeiro em Portugal soma 1.000 ME no 1.º trimestre

O investimento direto estrangeiro em Portugal no primeiro trimestre totalizou 1.000 milhões de euros, dos quais 600 mil euros foram investimento imobiliário, ascendendo o ‘stock’ de investimento total a 67% do PIB, divulgou hoje o Banco de Portugal (BdP).

Investimento direto estrangeiro em Portugal soma 1.000 ME no 1.º  trimestre

De acordo com o banco central, foram os investidores residentes em países europeus que mais investiram em Portugal entre janeiro e março somando 544,03 milhões de euros, seguindo-se os da Ásia (211,81 milhões de euros), América (159,53 milhões de euros) e África (108,83 milhões de euros).

Em sentido inverso, no que respeita ao investimento direto de Portugal no exterior, as transações no primeiro trimestre do ano somaram 1.800 milhões de euros, dos quais 1.600 milhões foram canalizados para países europeus.

No que respeita ao ‘stock’ de investimento direto estrangeiro (IDE) em Portugal, no primeiro trimestre de 2024 era de 179.300 milhões de euros, enquanto o ‘stock’ de investimento direto de Portugal (IPE) no exterior era de 65.400 milhões de euros.

Estes montantes representavam, respetivamente, 67% e 24% do Produto Interno Bruto (PIB) português.

O BdP detalha que o ‘stock’ de IDE diminuiu 1.100 milhões de euros em relação ao final de 2023, apesar de as transações terem sido positivas em 1.000 milhões de euros.

Segundo explica, “além das transações, a variação de um ‘stock’ é influenciada pelas variações de preço, de câmbios e por outros ajustamentos estatísticos”, sendo que “a soma destes fluxos foi negativa no primeiro trimestre de 2024 e superou as transações positivas”.

Em sentido contrário, verificou-se um aumento do ‘stock’ de IPE em 1.000 milhões de euros relativamente ao mesmo período, justificado, essencialmente, por transações de 1.800 milhões de euros.

A análise feita pelo banco central evidencia que, desde 2008, ambos os ‘stocks’ têm aumentado, embora a ritmos diferentes: o IDE mais do que duplicou entre o final de 2008 e o primeiro trimestre de 2024, enquanto o IPE cresceu 25%.

Quando medidos em percentagem do PIB, o peso do IDE aumentou 21 pontos percentuais, enquanto o peso do IPE diminuiu cinco pontos percentuais.

No final do primeiro trimestre de 2024, os setores de atividade económica das “outras atividades” e das “indústrias, eletricidade, gás e água” continuaram a ser os que mais investimento direto atraíam — representavam, respetivamente, 39% e 14% do ‘stock’ de IDE em Portugal.

Desagregando as “outras atividades”, os agregados que concentravam maior valor de IDE eram a “educação, saúde, outras atividades de serviços sociais e pessoais e outras atividades, incluindo as atividades financeiras e de seguros” (39.600 milhões de euros), e as “atividades de consultoria e administrativas” (22.300 milhões de euros).

No que respeita aos rendimentos de investimento direto, no primeiro trimestre, os rendimentos de IDE e de IPE foram, respetivamente, de 2.300 e de 800 milhões de euros, sendo que os rendimentos de IPE “praticamente não se alteraram em relação ao período homólogo, enquanto os rendimentos de IDE cresceram 27%”.

PD // MSF

By Impala News / Lusa

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