Decréscimo generalizado no transporte de passageiros e de mercadorias em 2020
O transporte de passageiros e mercadorias registou decréscimo generalizado em 2020, com maiores quebras a registarem-se no transporte por via aérea, recuaram 69,4% e a carga 30,2% – INE.
O transporte de passageiros e mercadorias registou um decréscimo generalizado em 2020, com as maiores quebras a registarem-se no transporte por via aérea, onde os passageiros recuaram 69,4% e a carga 30,2%, divulgou hoje o INE.
“Os resultados preliminares de 2020 revelam um decréscimo generalizado no transporte de passageiros: por via aérea (-69,4%; +6,8% no ano anterior), por comboio (-38,4%; +21,2% em 2019), por metropolitano (-48,0%; +10,5% em 2019) e por vias fluviais (-42,7%; +6,7% no ano anterior)”, refere o Instituto Nacional de Estatística (INE).
Relativamente ao transporte de mercadorias, todos os modos apresentaram também reduções face ao ano anterior: a via aérea registou um decréscimo de 30,2% (após +12,1% em 2019), o ferroviário de -7,6% (-12,0% em 2019), o rodoviário de -15,0% (-2,2% em 2019) e o marítimo de -6,9% (-5,6% no ano anterior).
Em 2020, no transporte por oleoduto registou-se uma diminuição de 31,7% face ao ano anterior (+2,8% em 2019), enquanto no transporte de gás por gasoduto verificaram-se decréscimos quer nas entradas (-3,3%; +6,5% em 2019), quer nas saídas (-3,2%; +7,1% em 2019).
Os resultados preliminares de 2020 avançados hoje pelo INE apontam para uma redução de 42,7% no movimento total de passageiros nas travessias fluviais, para um total de 13,1 milhões, após o aumento de 6,7% em 2019.
Já no transporte aéreo, o número de aeronaves em voos comerciais que aterraram nos aeroportos nacionais diminuiu 56,0% (+1,4% em 2019), atingindo um total de 100,2 mil, e o movimento de passageiros ficou nos 18,4 milhões, recuando 69,4% (+6,8% no ano anterior).
O tráfego internacional de passageiros por via aérea decresceu 70,5% (+8,0% em 2019) e abrangeu 79,6% do total de passageiros (-2,8 pontos percentuais face a 2019), tendo-se a carga/correio movimentadas (embarque e desembarque) situado em 147,0 mil toneladas (-30,2%, +12,1% em 2019).
Segundo o INE, os principais países de origem e de destino dos voos com passageiros em 2020 foram a França (1.ª posição, 2.ª em 2019), o Reino Unido (2.ª posição, 1.ª em 2019) e a Alemanha (3.ª posição, 4.ª em 2019).
O Reino Unido registou a maior redução no número de passageiros desembarcados e embarcados face ao período homólogo (-76,0% e -75,2%, respetivamente), seguido de Espanha, que ocupou a 4.ª posição em 2020 (3.ª em 2019).
Os dados preliminares do INE evidenciam uma redução de 38,4% no número de passageiros transportados por ferrovia, com a quebra mais significativa a ocorrer no transporte internacional (-85,1%).
Quanto às mercadorias transportadas por ferrovia, diminuíram 7,6% (em toneladas) e 5,8% (em tonelada-quilómetro (tKm)) face a 2019.
No transporte por metropolitano, registou-se uma diminuição de 48,0% (+10,5% em 2019), com o decréscimo mais acentuado a registar-se no metro de Lisboa (-50,5%).
Relativamente ao transporte rodoviário de mercadorias, diminuiu 15,0% em 2020, para 131,2 milhões de toneladas, mas em volume a quebra foi mais expressiva (-22,1%), atingindo 24,2 mil milhões de tkm.
Em 2020, o transporte de gás por gasoduto atingiu 68,8 mil GWh (Gigawatt hora) nas entradas (-3,3%, +6,5% em 2019) e 70,6 mil GWh nas saídas (-3,2%, +7,1% em 2019).
A entrada de gás em Sines representou 86,1% do total de entradas (-0,5 pontos percentuais face a 2019) e, nas saídas, o mercado convencional correspondeu a 59,7% do total (-0,8 p.p. face a 2019).
A saída para produção elétrica em regime extraordinário aumentou 3,8% em 2020 (+14,7% em 2019) e reforçou a sua expressão em 2,4 pontos percentuais.
No ano passado, o transporte por oleoduto atingiu 2,1 milhões de toneladas, uma diminuição de 31,7% face ao ano anterior (+2,8% em 2019).
O gasóleo representou 59,3% do total de produtos transportados e decresceu 16,2% face a 2019 e o transporte de JetA1, usado na aviação, diminuiu 59,5% face a 2019, correspondendo a 20,3% do total transportado via oleoduto.
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