“Cabe ao Governo criar condições para que administração” da Lusa possa negociar – ministro

O ministro da Cultura disse hoje aos órgãos representativos dos trabalhadores da Lusa é que “cabe ao Governo criar condições para que a administração” da agência noticiosa “possa negociar”, depois de lhe ter sido entregue uma ‘Carta Aberta’.

A missiva foi entregue antes do início da sexta edição do Congresso Literacia, Media e Cidadania, que arrancou hoje, até sábado, na Escola Superior de Comunicação Social do Instituto Politécnico de Lisboa, em Benfica, cujo mote escolhido pelo GILM – Grupo Informal sobre a Literacia para os Media é “Transição Digital e Políticas Públicas”.

“A nossa ‘Carta Aberta’ é para nos ajudar”, disse uma das representantes dos trabalhadores a Pedro Adão e Silva, secundada de um segundo elemento que instou para que seja um “último esforço” para que as negociações sobre os aumentos salariais na Lusa tenham uma conclusão positiva.

O ministro da Cultura começou por dizer que o Governo tem de “criar condições para que o Conselho de Administração possa tomar decisões”, recordando que “a indemnização compensatória que existia não conferia margem para aumentos superiores àqueles que foram propostos na altura”.

“Estamos a trabalhar numa solução para que tenham uma indemnização compensatória que dê margem para outros valores em linha com que as empresas públicas têm de aumentos em 2023”, prosseguiu Pedro Adão e Silva.

“Para já é preciso resolver o caso da Lusa, aquilo que era o valor anterior, que implica uma revisão da indemnização compensatória, e depois há uma questão que é transversal a todas as empresas públicas, não há nenhuma excecionalidade no caso da Lusa”, acrescentou o governante aos órgãos representativos dos trabalhadores.

A Lusa, “no passado, teve os aumentos em linha com a Administração Pública e teve também como compensação dos aumentos em linha com a Administração Pública um conjunto de outros benefícios que os funcionários públicos não têm”, apontou o ministro da Cultura.

“Senhor ministro, esses benefícios foram para compensar a ausência de aumentos salariais que nós não temos há 12 anos e isso não é igual a todos os funcionários públicos”, retorquiu um dos representantes dos trabalhadores.

“Não vamos ter uma reunião em público”, disse o ministro, referindo que já tinha recebido “duas vezes” a agência Lusa nos últimos meses.

“Aquilo que cabe ao Governo é criar condições para que a administração possa negociar e não fazer negociações em público”, rematou Pedro Adão e Silva.

ALU // MSF

By Impala News / Lusa

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