Central nuclear mais antiga da Europa vai fechar em 2033
A central nuclear de Beznau, na Suíça, a mais antiga da Europa e uma das mais antigas do mundo, vai deixar de funcionar em 2033, anunciou hoje o seu operador, mas a Greenpeace pede o seu encerramento imediato.
A central nuclear de Beznau está ligada à rede elétrica desde 1969 e assim permanecerá “até 2033”, declarou o grupo suíço Axpo, em comunicado, acrescentando que “a segurança foi a principal prioridade em todas as considerações”.
Os suíços aprovaram a eliminação progressiva da energia nuclear, que representa 29% do fornecimento de eletricidade do país, num referendo em 2017, votando a favor de uma lei que proíbe a construção de novas centrais elétricas.
Esta lei resultou de um longo processo iniciado após o acidente nuclear de Fukushima, causado por um tsunami no Japão em março de 2011.
O reator nuclear Beznau 1, que entrou em funcionamento em 1969, deixará de funcionar em 2033, enquanto o Beznau 2, que está ligado à rede desde 1971, fechará um ano antes, em 2032, e as centrais “serão então desativadas e desmanteladas”, acrescentou a Axpo.
A Axpo irá investir mais 350 milhões de francos suíços (376 milhões de euros) para garantir as operações até 2033.
Desde a sua entrada em funcionamento, o grupo investiu mais de 2,5 mil milhões de francos suíços (2,68 mil milhões de euros) na melhoria e modernização de Beznau.
A associação ambientalista Greenpeace reagiu ao anúncio da Axpo num comunicado de imprensa, afirmando que “prolongar a vida de Beznau” era “uma experiência inútil e perigosa”.
“Beznau deve ser encerrada imediatamente”, afirmou Georg Klingler, especialista em clima e energia da Greenpeace Suíça.
“O futuro está nas energias renováveis, que reduzem os riscos para a população, evitam a produção de montanhas de resíduos radioativos e reforçam a nossa independência”, afirmou o especialista.
A Suíça espera juntar-se ao clube muito restrito de países capazes de eliminar os seus resíduos nucleares em formações geológicas profundas. Um local no norte da Suíça, não muito longe da fronteira com a Alemanha, foi escolhido em 2022, mas ainda não recebeu o aval das autoridades.
AJR // EA
By Impala News / Lusa
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