“As greves fazem parte da vida democrática”, diz Costa sobre médicos
O primeiro-ministro, António Costa, declarou que seria “excelente” chegar a um acordo com os médicos mas assinalou que “as greves fazem parte da vida democrática”.
O primeiro-ministro, António Costa, declarou hoje que seria “excelente” chegar a um acordo com os médicos mas assinalou que “as greves fazem parte da vida democrática”.
“Se chegarmos a acordo, excelente, se não chegarmos a acordo, faz parte. As greves fazem parte da vida democrática”, considerou o chefe do Governo, falando aos jornalistas em Lagos.
Sublinhando que “ninguém deseja” a paralisação dos médicos, o primeiro-ministro recordou que o Governo mantém uma “postura de diálogo” num “processo de negociação” que ainda decorre.
“O orçamento da Saúde tem aumentado e vai continuar a aumentar”, garantiu de todo o modo o primeiro-ministro e também líder do PS, que esta manhã fez campanha eleitoral nos concelhos de Portimão e Lagos.
O Sindicato Independente dos Médicos (SIM) e a Federação Nacional dos Médicos (FNAM) reuniram-se na sexta-feira com o Governo e no final anunciaram um ciclo de greves em outubro e novembro, as de outubro por regiões (dias 11, 18 e 25) e uma nacional a 08 de novembro, com concentração de médicos “de bata” junto do Ministério da Saúde.
Depois da reunião, o secretário-geral do SIM, Jorge Roque da Cunha, lamentou, em conferência de imprensa, que o Governo não tivesse apresentado qualquer contraproposta às propostas dos sindicatos, que se prendem com redução de horas extraordinárias anuais obrigatórias (matéria em que houve acordo), as chamadas horas de qualidade (durante a noite), redução do trabalho de urgência (de 18 para 12 horas semanais) e redução da lista de utentes por médico de família (dos atuais 1.900 para 1.500).
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