Diretora de creche julgada por maltratar e discriminar crianças
Para além de palmadas e empurrões a várias crianças, Olívia C. é ainda acusada de discriminar um bebé de dois anos, ao apelidá-lo de “preto” enquanto recusava dar-lhe guloseimas.
A educadora de infância que dirigia a creche do Lar Santa Isabel, em Vila Nova de Gaia, vai ser julgada por quatro crimes de maus-tratos a crianças de três anos, decidiu o Tribunal de Instrução Criminal do Porto. Uma das vítimas da arguida terá sido discriminada por ser negra. Apesar de Olívia C. ter negado as acusações, o juiz de instrução do Porto considerou que há indícios suficientes para que a educadora de infância se sente no banco dos arguidos. “A arguida não logrou abalar os indícios recolhidos em fase de inquérito, sendo certo que a sua versão colide totalmente com a versão do Ministério Público (MP), bem como com toda a prova documental, pericial e testemunhal junta aos autos”, concluiu a juíza Maria Antónia Miranda Ribeiro.
No despacho a que o JN teve acesso, a magistrada sustentou a sua convicção no testemunho dos funcionários da creche do Lar Santa Isabel, que confirmaram as palmadas e empurrões às crianças. Tal como o JN avançou em setembro de 2020, o MP acusou a arguida de, além das agressões a quatro meninos de tenra idade, de ter recusado ministrar medicação a uma criança que se encontrava com febre e de ter obrigado outras quatro a dormir a sesta vestidas e calçadas.
Acusada de chamar bebé de «preto»
Olívia C. é ainda acusada de discriminar um bebé de dois anos, ao apelidá-lo de “preto” enquanto recusava dar-lhe guloseimas. Os factos terão ocorrido entre junho de 2017 e janeiro de 2018 e, agora, o advogado de duas vítimas refere que esteve sempre confiante neste desfecho. “Nenhuma outra circunstância ou facto alegado veio alterar a motivação da acusação. Pelo contrário, veio reforçar factos e comportamentos que, certamente, terão importância em sede de produção de prova”, defende Miguel Teixeira.
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