50 peças marcam 50 anos da morte de Amílcar Cabral em exposição no Palácio Baldaya

Cinquenta peças, tantas quantos os anos passados desde a morte de Amílcar Cabral, vão contar a história do líder africano numa exposição da Comissão Comemorativa 50 anos 25 de Abril, patente no palácio Baldaya a partir de março.

50 peças marcam 50 anos da morte de Amílcar Cabral em exposição no Palácio Baldaya

50 peças marcam 50 anos da morte de Amílcar Cabral em exposição no Palácio Baldaya

Cinquenta peças, tantas quantos os anos passados desde a morte de Amílcar Cabral, vão contar a história do líder africano numa exposição da Comissão Comemorativa 50 anos 25 de Abril, patente no palácio Baldaya a partir de março.

Das peças que serão expostas constam “documentos escritos e visuais, assim como objetos artísticos e outros que trabalham com diferentes vestígios da vida de Cabral ou a ela associados”, refere a comissão, em comunicado.

A iniciativa, que assinala os 50 anos da morte do “pai” da independência de Cabo Verde e da Guiné-Bissau e fundador do Partido Africano para a Independência da Guiné-Bissau e Cabo Verde (PAIGC), irá decorrer até 25 de junho deste ano.

“As lutas de libertação desenvolvidas em África contra o então império português foram determinantes para a queda da ditadura do Estado Novo. Amílcar Cabral é uma figura essencial nesse contexto, pelo papel de liderança que desempenhou então, mas também pelo seu legado, que perdura até aos dias de hoje, e que vem conquistando uma dimensão internacional muito significativa”, afirma Maria Inácia Rezola, a comissária executiva.

Por seu lado, José Neves, comissário científico da iniciativa, em conjunto com Leonor Pires Martins, explica que “a exposição desenvolve-se ao longo de uma sequência de 50 peças, que pretendem dar a conhecer a vida de Amílcar Cabral e as relações que fizeram das lutas contra o colonialismo uma experiência comum a inúmeras pessoas e instituições que se corresponderam e solidarizaram com ele e com o anticolonialismo africano, de Cuba à Europa de Leste, passando pela Escandinávia”.

“Será possível ver, por exemplo, correspondência trocada entre Amílcar Cabral e jornalistas franceses e britânicos, documentação relativa aos apoios internacionais recebidos da União Soviética, Suécia e Cuba”, referiu o historiador.

Os visitantes poderão observar “imagens em vídeo, pouco conhecidas, da participação de Cabral na Conferência Tricontinental, em Havana, em 1966, e das zonas libertadas da Guiné, retratos feitos por artistas plásticos nacionais e internacionais e ouvir a presença deste independentista e das lutas anticoloniais na música, da world music até ao rap”, acrescentou.

A exposição é ainda o mote para outras iniciativas – como mesas redondas, concertos, visitas guiadas, um ciclo de cinema, uma feira do livro, entre outros -, com o colonialismo, a luta anticolonial e a descolonização como temas dominantes.

Em 2024 assinala-se o centenário do nascimento de Amílcar Cabral.

SMM // PJA

By Impala News / Lusa

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