A mensagem de um jovem italiano para o mundo: «Não sabem o que aí vem»

O jovem pede a todas as pessoas para terem consciência de que a situação é «ainda pior» do que todos imaginam.

A mensagem de um jovem italiano para o mundo: «Não sabem o que aí vem»

Chama-se Jason Yanowitz e recorreu ao Twitter para deixar uma forte mensagem ao mundo sobre a pandemia de coronavírus Covid-19. O jovem pede a todas as pessoas para terem consciência de que a situação é «ainda pior» do que todos imaginam, sublinhando a possibilidade do resto do mundo enfrentar a mesma situação que Itália atravessa. «Não sabem o que aí vem», afirma.

Jason Yanowitz também sobrevalorizou a situação, achando que a Covid-19 não era tão grave e que, numa questão de semanas, a doença estaria extinta.

«Penso que todos sabem que a Itália se encontra em quarentena devido à Covid-19. A situação é má, mas pior é ver o resto do mundo a agir como se isto não fosse acontecer com eles. Sabemos que pensam assim, porque nós também pensámos», começa por dizer.

«A situação é triste mas estão a ser tomadas medidas»

Numa primeira fase da pandemia, Jason alega que «sabemos que o coronavírus existe e começam a surgir os primeiros casos no nosso país», mas «não há nada com que nos preocuparmos, porque é apenas uma gripe má».

Numa segunda fase, começam a aumentar o número de casos e algumas cidades entram, então, em quarentena. As pessoas continuam a acreditar que os media estão a exagerar na forma como noticiam o caso. «A situação é triste mas estão a ser tomadas medidas por isso nada temos com que nos preocupar», escreve na publicação partilhada no Twitter.

Tudo muda de figura numa terceira fase. «O número de casos começa a aumentar de forma vertiginosa. Surgem as primeiras mortes, 25% do país entra em quarentena, começam a  fechar-se escolas e universidades». Começam a surgir os avisos para que o contacto social seja evitado e para se lavar as mãos vezes em conta. Contudo, as pessoas continuam sem perceber a gravidade da situação.

«Este problema não se vai resolver sozinho»

Numa quarta fase, os países são obrigados a declarar o estado de emergência nacional. Os profissionais de saúde começam a escassear e recorre-se a médicos reformados e alunos que já tenham concluído o segundo ano de medicina para começarem a ajudar. Há médicos e enfermeiros infetados que, por sua vez, começam a infetar os seus familiares. Nesta altura, perante a falta de recursos, é preciso decidir quem se deve salvar.

Na quinta fase, todo o país está agora em isolamento. As pessoas continuam a poder sair para trabalhar, para ir ao supermercado e à farmácia. Na rua, vê-se «muitas pessoas de máscara mas há ainda aqueles que se julgam invencíveis», relatava.

Atinge-se então a fase final. Tudo fecha e todos são proibidos de circular na rua, tendo de obter um certificado que os autorize a sair. Aqueles que andem na rua sem justificação, correm o risco de ser multados ou presos.

«Este problema não se vai resolver sozinho», diz. Jason alerta ainda para o facto de outros países adiarem decisões que são essenciais. O italiano considera que é urgente cada um tomar as medidas necessárias para que a situação não atinja proporções mais drásticas.

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