Mitomania: como lidar com crianças que mentem compulsivamente

A mitomania pode ser tratada com uma intervenção clínica denominada Terapia Cognitiva Comportamental (TCC), que tem como objetivo trabalhar sobre a negatividade interiorizada pelo paciente e o desenvolvimento do pré-frontal oriunda da cognição.

Mitomania: como lidar com crianças que mentem compulsivamente

Mentir é uma ação desenvolvida com o processo evolutivo do ser humano. Ao mentirmos, deixamos claro que além da realidade em que vivemos, existe um outro mundo inacessível em cada um de nós. Normalmente, mentimos quando há necessidade de alcançar algum objetivo. Ativando, assim, o modo de sobrevivência por medo de sofrer punições ou enfrentar consequências. Porém, mentir de forma exagerada traz prejuízos ao cérebro, ao criar uma espécie de ciclo vicioso por conta da libertação do neurotransmissor dopamina. Esta compulsividade, a mitomania, altera a forma do cérebro trabalhar e, se isso acontecer na infância, a criança pode simplesmente não conseguir voltar a dizer a verdade e tornar-se num adulto estrategista e frio, desencadeando desde cedo problemas como depressão, ansiedade e negatividade perante a própria vida.

Esclareça-se que as crianças estão mais aptas a mentir por causa da fase de desenvolvimento cognitivo. Porém, com a sensação de prazer que algumas mentiras podem trazer, podem acabar por desenvolver uma mania, gerando uma desregulação neuronal e criando distúrbios mentais. A mitomania pode ser tratada com uma intervenção clínica denominada Terapia Cognitiva Comportamental (TCC), que tem como objetivo trabalhar sobre a negatividade interiorizada pelo paciente e o desenvolvimento do pré-frontal oriunda da cognição. Os estímulos exteriores são vistos como fatores negativistas e segregacionistas pelas crianças que têm uma compulsividade em mentir. Ou seja, as sinapses são modificadas perante a realidade interiorizada pelas pessoas que já possuem um distúrbio neuronal.

Segundo análises de especialistas, ao verificar a reação do cérebro humano no momento de mentir, existe uma alteração no córtex pré-frontal em conjunto com o giro do cíngulo anterior, onde a pessoa tenta inibir transparecer as emoções para não sofrer punições. Com a prática constante da mitomania, a criança pode começar a criar estratégias de forma compulsiva para ludibriar as pessoas. Por isso, em caso de mentira e a perceção dela, os pais deverão conversar com as crianças, mostrando que tal ato não deve ser repetido, sem criar algum tipo de receio traumático.

Fabiano Lima

Fabiano de Abreu Rodrigues, filósofo e cientista

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