Leucoencefalopatia supratentorial isquémica de predomínio periventricular

A leucoencefalopatia também designada de microangiopatia obstrutiva, trata-se de lesões isquémicas de pequenos vasos, que tem como fatores de risco a hipertensão, diabetes, tabagismo, sedentarismo e idade

Leucoencefalopatia supratentorial isquémica de predomínio periventricular

A leucoencefalopatia também designada de microangiopatia obstrutiva, trata-se de lesões isquémicas de pequenos vasos, que tem como fatores de risco a hipertensão, diabetes, tabagismo, sedentarismo e idade. Leucoencefalopatia é um termo que descreve todas as doenças que afetam a matéria branca cerebral, independentemente da sua causa ser conhecida ou desconhecida. A gravidade pode ser analisada pelo grau na escala de Fazekas num exame de neuroimagem.

A região supratentorial corresponde a praticamente a todo o encéfalo, onde estão áreas nobres responsáveis pelos movimentos do corpo, sensibilidade, visão, audição, raciocínio, memória, dentre muitas outras. Normalmente são assintomáticas, mas em estágios mais avançados, podem trazer sintomas cognitivos (desde o comprometimento cognitivo leve até à síndrome demencial). No exame de ressonância aparecem pequenos focos de isquemia, microvasos que acabam por não ter a vascularização completa e que geram cicatrizes.

Aspirina pode ser solução

A calcificação puntiforme pode surgir neste processo vascular com redução do volume do parênquima encefálico. Podendo ser analisado a gravidade pelo controle na escala de atrofia cortical global. Também deve ser feita avaliação de neuroimagem pontuando os resultados de atrofia hipocampal (MTA) e atrofia parietal (PCA) para que possa ser avaliado e/ou descartado outras doenças neurodegenerativas. O tratamento é justamente os cuidados com os fatores de risco, ou seja, controlar as doenças de base (hipertensão, diabetes, dislipidemia), atividade física e dieta saudável.

Não existem medicamentos específicos para a leucoencefalopatia. Quando pacientes têm múltiplos fatores de risco e grau moderado e grave (Fazekas 2 ou 3) pode iniciar-se um antiagregante plaquetário, como a aspirina por exemplo. Medicações do grupo dos benzodiazepínicos, como o Rivotril, estão associadas a complicações cognitivas a longo prazo.

 

Fabiano Lima

Fabiano de Abreu Rodrigues, filósofo e cientista

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