Varandas convicto da competitividade do Sporting na decisão dos títulos

O Sporting continuará na decisão dos títulos até ao final da época, afiançou hoje o presidente Frederico Varandas, à entrada para a Assembleia Geral do clube da I Liga de futebol, que deliberará o melhor resultado líquido de sempre.

Varandas convicto da competitividade do Sporting na decisão dos títulos

“O Sporting acredita muito no seu processo de trabalho. Está a crescer ano após ano. Os números, dados e títulos estão aqui. O Sporting tem o privilégio de ter um dos melhores treinadores do mundo [Rúben Amorim] e um grupo de trabalho com grande qualidade e profissionalismo. Estamos em meados de outubro e faltam sete meses para terminar a temporada. Não tenho dúvida alguma de que o Sporting vai estar na decisão dos títulos todos até ao final”, observou o líder máximo dos ‘leões’, em declarações aos jornalistas.

Os vice-campeões nacionais ocupam o sexto lugar da I Liga, com 16 pontos, a nove do líder Benfica, e seguem na terceira posição do Grupo D da Liga dos Campeões, com os mesmos seis pontos do Marselha, segundo classificado, um abaixo do líder Tottenham.

Depois das vitórias na visita aos alemães do Eintracht Frankfurt (3-0) e na receção aos ingleses (2-0), a formação de Rúben Amorim vacilou nos duelos ante os franceses (1-4 e 0-2), condicionados pelas expulsões madrugadoras de Antonio Adán e Ricardo Esgaio.

“O Sporting fez a primeira vitória da história na Alemanha contra uma equipa com maior orçamento. A seguir, recebemos uma das melhores equipas do mundo, que é ‘top-4’ da Premier League e todos acharam que íamos perder, mas vencemos. Tivemos, depois, pela frente uma equipa fortíssima e com maiores responsabilidades, mas acontecimentos atípicos impossibilitaram-nos de discutir o jogo. O Sporting tem a ambição e o sonho de passar a fase de grupos. Obrigação e responsabilidade? Só se alguém for louco”, atirou.

Admitindo a “frustração” pelo desfecho dos jogos com o Marselha, Frederico Varandas descartou que haja uma “crise instalada” no Sporting e recordou a pujança financeira dos gauleses, notando que “era perfeitamente normal perder se tivesse jogado 11 contra 11”.

Os sócios ‘leoninos’ votam hoje o relatório de gestão e contas da época 2021/22, que ocasionou o melhor resultado líquido de sempre do clube, com lucros de 13,632 milhões de euros (ME), numa Assembleia Geral a decorrer no Pavilhão João Rocha, em Lisboa.

“Não existe sucesso desportivo sem sucesso financeiro. Os relatórios e contas das SAD dos três ‘grandes’ são públicos, auditados e obrigatórios. Basta irem ver se existe algum desinvestimento do Sporting. Pelo contrário. Agora, essa doutrina de que o Sporting desinveste na parte desportiva para apostar na parte financeira é pura patetice”, referiu.

Frederico Varandas notou que os três ‘grandes’ “serão sempre obrigados a vender”, na sequência das saídas dos influentes João Palhinha e Matheus Nunes no verão, mas defende que, “mais do que acreditar, os sportinguistas revêm-se” no clube de Alvalade.

“Obviamente, é marcante e muito importante o facto de se ter provado o crescimento do clube. Neste último ano, crescemos cerca de 15% em número de sócios, alcançámos o recorde de receita de quotização e o maior número de sempre de sócios com quotas em dia. Esta militância é o maior sinal desse envolvimento dos sportinguistas”, exemplificou.

O Sporting registou primeira vez dois resultados positivos seguidos nos últimos 10 anos, após ter lucrado 135.000 euros em 2020/21, destacando o “sucesso da reestruturação financeira aliado à solidez operacional”, que foi sustentada pelo “regresso da atividade à normalidade depois do período pandémico” e pelo “crescimento recorde das receitas”.

O clube elevou ainda a participação na SAD de 63,8% para 83,9%, garantido, assim, a maioria do capital, resultante da recompra em março deste ano dos Valores Mobiliários Obrigatoriamente Convertíveis (VMOC) detidos pelo Millennium BCP, por quase 14 ME.

“É óbvio que apresentámos resultados históricos. Desde 2010 que pairava uma nuvem cinzenta de uma possível perda [da maioria] da SAD, em que o clube teria de entregá-la aos bancos em 2026. Propusemos evitar isso desde 2018 e fizemo-lo antes do tempo. É uma grande vitória e a principal razão para este resultado”, concluiu Frederico Varandas.

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