LE: Treinador do FC Porto afasta equipa de críticas radicais
O plantel do FC Porto passará a ficar distanciado de eventuais protestos extremados de adeptos do clube, garantiu hoje o treinador Vítor Bruno, na véspera da receção ao Midtjylland, da sexta jornada da Liga Europa de futebol.
“Eu quero que os adeptos se manifestem como têm de manifestar. Agora, não vamos ficar subjugados a momentos que sinto que não somos merecedores. Não voltaremos a contribuir para esse tipo de manifestação”, afirmou o técnico, em conferência de imprensa.
No sábado, logo após o empate na visita ao Famalicão (1-1), da 13.ª ronda da I Liga, a equipa aproximou-se da bancada afeta aos adeptos ‘azuis e brancos’ e voltou a ouvir palavras de insatisfação, com Vítor Bruno a ser quase atingido por uma garrafa de água.
“Entendo os adeptos e a manifestação, mas incomodou-me ver essa retribuição ao ter percebido que os jogadores estavam a sentir aquela dor de tal forma visceral e fizeram muito para ganhar”, notou.
Ao averbar a quinta partida sem vencer nas últimas seis em todas as provas, o FC Porto falhou a hipótese de igualar o Sporting na liderança da I Liga e desceu ao terceiro lugar, em igualdade pontual com o Benfica (menos um jogo), mas Vítor Bruno aguarda por uma “reação normal” dos adeptos no duelo europeu com o campeão dinamarquês Midtjylland.
“No final, eles são maiores e vacinados para se manifestarem como devem. Muitas vezes, sei que isso é dirigido a mim e não tanto aos atletas, mas não tenho qualquer problema nem fico incomodado. Agora, os adeptos têm de perceber que é importante andarem em total comunhão com os jogadores, porque aportam valor ao nosso rendimento”, admitiu.
Vítor Bruno lembrou a urgência de o FC Porto regressar às vitórias na Liga Europa, numa altura em que os ‘dragões’ seguem no 23.º lugar, penúltimo de acesso ao play-off, com cinco pontos, cinco abaixo das oito vagas de qualificação direta para os oitavos de final.
“Temos de esvaziar o tanque e meter tudo em campo, porque é um jogo muito importante para as nossas contas. No mínimo, já podíamos ter mais cinco pontos e não estaríamos a fazer favor nenhum, porque eram claramente merecidos”, considerou.
Antes de receber o Midtjylland, 20.º colocado da Liga Europa e um dos líderes da Liga dinamarquesa, a par do Copenhaga, o FC Porto bateu os alemães do Hoffenheim (2-0), empatou com os ingleses do Manchester United (3-3), ainda sem o treinador português Ruben Amorim, e os belgas do Anderlecht (2-2) e perdeu frente aos noruegueses do Bodo/Glimt (2-3) e aos italianos da Lazio (1-2).
“É um adversário físico, que investe muito no jogo direto e assenta na bola parada. Cabe-nos levar a nossa ideia para a primeira de três finais que temos nesta prova”, frisou Vítor Bruno.
Já o extremo Pepê pediu um FC Porto “ao mais alto nível” perante o Midtjylland e mostrou-se ciente da “cobrança muito alta e diária” em redor da equipa, cuja invencibilidade caseira em 2024/25 contrasta com as cinco partidas seguidas sem vencer na condição de visitante.
O internacional brasileiro, de 27 anos, esteve em foco no sábado, ao cometer uma grande penalidade a favor do Famalicão, posteriormente defendida por Diogo Costa, na jogada anterior ao golo do espanhol Samu, que seria revertido através do videoárbitro (VAR).
“É uma situação complicada, porque o árbitro [Luís Godinho] foi ver o lance ao VAR e, no final, explicou algo que não aconteceu. Disse-nos que a bola tinha batido no meu braço direito, mas foi na mão esquerda, que estava junto ao corpo. Se não tivesse batido ali, era no peito. Temos de deixar isso para trás e estar ligados nesta próxima final”, recordou.
O FC Porto, 23.º classificado, com cinco pontos, recebe o Midtjylland, 20.º, com sete, na quinta-feira, às 20:00, no Estádio do Dragão, no Porto, em jogo da sexta de oito jornadas da fase de liga da Liga Europa, sob arbitragem do macedónio Aleksandar Stavrev.
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By Impala News / Lusa
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