O Chelsea é a equipa mais investiu no último mercado de transferências. Ainda assim, as coisas estão longe de correr de feição ao clube inglês. O que faz com que os jogadores dos blues, como são os casos de João Félix e Enzo Fernández, sejam questionados pelos adeptos. Bem como o treinador, Graham Potter. Que até já recebeu ameaças de morte.

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“Por mais apoio que tenha tido, também já tive alguns emails pouco simples, a dizer que querem que eu morra e que os meus filhos morram. Não é agradável de se receber”, desabafa. “O desafio para mim é ‘como é que me vou comportar?’. O mais alto que sobes, maior é a pressão para aquilo que és enquanto pessoa. Quero ter sucesso aqui. Mas há estas coisas ridículas que não presto atenção. De onde vem isso, onde estão as provas? Se alguém vai trabalhar e é insultado, certamente não é agradável. Podes responder de duas formas: podia dizer que não me importo, mas estaria a mentir. Todas as pessoas prestam atenção ao que os outros pensam, porque estamos ligados a essa conexão social. Perguntem à minha família como tem sido a nossa vida. Não tem sido agradável, de todo. Entendo que os fãs vão para casa chateados, porque a equipa não tem ganho, mas garanto-vos que a minha vida nos últimos três, quatro meses tem sido simples”, acrescenta à Sky Sports.

“Tenho muito mais liberdade para pôr o meu futebol em prática”

Por sua vez, e apesar de toda esta turbulência, João Félix sente-se bastante feliz em Londres. “A posição em que jogo e a maneira como jogamos é diferente da forma como jogávamos no Atlético. As equipas contra quem jogamos são diferentes. Claramente que tenho muito mais liberdade para pôr o meu futebol em prática, para estar ao melhor nível e ajudar a equipa. É isso que procuro fazer, procuro divertir-me em campo”, diz em conversa com a Eleven Sports. “A carreira não é longa e acaba depressa. Ainda no outro dia tinha 19 anos e estava no Atlético, agora tenho 23. Acho que sim, estou-me a sentir bem a jogar aqui. É só os resultados aparecerem e é perfeito. Objetivo? Ganhar a Liga dos Campeões. A 100 por cento, o objetivo é ganhar a Champions”, salienta.

“O valor pago por mim não tem nada a ver comigo”

Já Enzo Fernández, que protagonizou uma transferência polémica para o Chelsea, continua a falar do Benfica nas entrevistas que concede em Inglaterra. “O valor pago por mim não tem nada a ver comigo. O meu trabalho é entrar em campo e dar o meu melhor sempre. São apenas três anos de carreira profissional. Muita coisa aconteceu num curto espaço de tempo. Ainda me sinto numa curva de aprendizagem”, começa por contar ao The Times. “O Chelsea foi a equipa que deu tudo para me contratar. Mostraram interesse em mim através do meu agente ainda antes do Mundial. Fiquei muito contente por ter a confiança de um clube como o Chelsea. [O último dia de mercado] foi stressante. Os nervos eram cada vez maiores assim que se aproximavam as horas finais. Tentei manter-me calmo e focar-me no meu futebol. Estava a treinar e jogar sempre que podia, mas as últimas horas foram um pouco agitadas”, prossegue.

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Por fim, o médio argentino aborda a controversa saída do Benfica. “Muita coisa foi filtrada para a imprensa que talvez não fosse verdadeiramente aquilo que estava a acontecer. Posso garantir que nunca faltei a qualquer sessão de treino. Sabia que as negociações estavam em marcha entre os clubes. Apenas me deixei levar, mantive a minha cabeça baixa e continuei a treinar”, termina.

Texto: Bruno Seruca; Fotos: Reprodução Instagram

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