Adversária ataca nadadora trans Lia Thomas: “Não disseram que ainda tinha a genitália masculina”

Riley Gaines nunca escondeu o desconforto em competir com Lia Thomas e quer que lei seja alterada.

Adversária ataca nadadora trans Lia Thomas: “Não disseram que ainda tinha a genitália masculina”

Riley Gaines, antiga nadadora da Universidade de Kentucky, Estados Unidos da América, mantém a guerra pública contra a nadadora transexual Lia Thomas, da rival Universidade da Pensilvânia. A atleta já se tinha mostrado revoltada com o facto de a adversária ter sido uma das candidatas ao prémio NCAA Mulher do Ano e nunca escondeu que não gostava de competir contra Lia Thomas. Além de estar contra a atleta, Riley Gaines também está a lutar contra a NCAA, entidade organizadora dos programas desportivos universitários norte-americanos.

Leia depois
Apostas desportivas online movimentam 4 mil milhões de euros em 5 anos
As apostas desportivas na Internet movimentaram mais de quatro mil milhões de euros nos últimos cinco anos, segundo o Serviço de Regulação e Inspeção de Jogos do Turismo de Portugal (… continue a ler aqui)

Lia Thomas é a primeira mulher trans a conquistar os campeonatos da Ivy League. E aquilo que se passou nas piscinas acabou por se transformar numa polémica de dimensão mundial. Agora, Riley Gaines é um dos rostos do apoio a um projeto de lei. Que tem o nome de Igualdade nos Desportos Femininos, no estado da Virgínia. A nadadora defende que Lia Thomas é um exemplo da alteração das regras da competição e que é concorrência desleal. Riley partilha, em vídeo, a sua experiência com Lia Thomas. “No dia 17 de março do ano passado, eu e os meus colegas, e outros nadadores de outras universidades, fomos obrigados a competir contra um homem biológico chamado Lia Thomas , […] que competiu como homem por três anos na Universidade da Pensilvânia”, começa por dizer.

“O que as políticas da NCAA fizeram foi excluir as atletas femininas”

“Thomas e eu competimos nos 400 metros livres e terminamos empatados, mesmo em centésimos de segundo. Como só havia um troféu, a NCAA disse-me que não levaria nenhum troféu porque iam tirar para dar ao Thomas. Disseram-me que só teria um para as fotos”, prossegue. “O que as políticas da NCAA fizeram foi excluir as atletas femininas”, acusa. A atleta critica ainda ter dividido o balneário com Lia Thomas. “Além de ter sido forçada a renunciar aos nossos prémios, títulos e oportunidades, a NCCA força-nos a dividir o balneário com Thomas. Um homem de 22 anos que tem 1,80m e ainda mantém sua genitália masculina. Deixem-me ser clara: não fomos avisadas sobre isso nem pediram a nossa aprovação”, termina.

Junte-se a nós no Instagram

Texto: Bruno Seruca; Fotos: Reprodução Instagram

Impala Instagram


RELACIONADOS